Coluna do Correio

FRASE

“O homem que trabalha somente pelo que recebe, não merece ser pago pelo que faz.” (Abraham Lincoln, ex-presidente dos EUA)

 PROTAGONISTA (I)

O vereador Valdeci América (Republicanos) foi o protagonista da sessão de terça-feira (16), ao apresentar moção de apelo para que seja reaberta a maternidade e retomados no Hospital e Maternidade Mairiporã (HMM) os serviços de ginecologia e obstetrícia. Há mais de cinco anos que os trabalhos de parto obrigam as gestantes a procurar cidades da região. Esse é o tipo de contribuição importante para a sociedade. Ou seja, moções desse calibre são bem-vindas.

PROTAGONISTA (II)

O vereador esteve com o prefeito em visita ao HMM e juntos conversaram com a nova direção sobre a possibilidade, num primeiro momento, de profissionais em GO (ginecologia e obstetrícia) darem atendimento emergencial às futuras mamães. No dia seguinte, ou seja, na quarta-feira, o hospital comunicou ao prefeito da contratação desses profissionais.

TRANSPORTE COLETIVO (I)

O assunto transporte coletivo quase passou despercebido na sessão legislativa de terça-feira, como se os vereadores que foram reeleitos no ano passado não tivessem tido participação na troca da empresa prestadora do serviço. Tiveram, e muito. Discursos inflamados e pedidos ao então prefeito Antônio Aiacyda, acompanhados de muita pressão, foram feitos pelos edis ao longo dos últimos quatro anos, para que a ETM fosse retirada ao final do contrato, em agosto de 2020.

TRANSPORTE COLETIVO (II)

Desde o início havia indícios de que a Eduardo Medeiros Transporte, ou VEM Mairiporã, como é chamada, não suportaria responder pelo serviço, a começar pela tarifa menor que lhe foi imposta por ser ano eleitoral para gáudio dos interessados na reeleição. Veio para substituir a ETM, que por mais de 30 anos prestou excelentes serviços à cidade e à zona rural, embora como bons ‘papagaios’, vereadores repetiram anos a fio o mantra de que a ETM não servia.

TRANSPORTE COLETIVO (III)

Soube-se, quando a VEM começou a suprimir linhas e não cumprir horários, que teve 19 ônibus apreendidos por falta de pagamento. Veja cara leitor a quem ponto chegou a administração municipal 2017/2020 (leia-se Prefeitura e Câmara), no afã de trocar de empresa.

TRANSPORTE COLETIVO (IV)

O prefeito mais, e os reeleitos e não-reeleitos em menor escala, tiveram parcela de responsabilidade na mudança ofertada à população. Tudo feito a toque de caixa, afinal, em agosto, quando tudo mudou, as eleições já estavam próximas. A empresa também tem sua parcela de culpa em todo o episódio, pois irresponsavelmente aceitou reduzir o valor da tarifa, que agora diz não suporta as despesas.

TRANSPORTE COLETIVO (V)

O prefeito Aladim, com a devida urgência, deve trabalhar no sentido de abrir nova concorrência pública (hoje suspensa pelo Tribunal de Contas) e conceder o serviço pelos próximos dez ou vinte anos através da escolha de quem tem competência para tanto. A atual empresa, ainda com contrato emergencial, não tem como prestar o serviço. Os vereadores, que cuidem de outras questões. Transporte público é da alçada do Executivo.

 ATENTO

O exercício da vereança em Mairiporã precisa ser revisto pelos que estão investidos na função. O povo está atento, finge-se de morto mas na hora certa (dia da eleição) se pronuncia e coloca para fora do parlamento aqueles que não representaram a comunidade como se esperava. Muitos que rezaram pela cartilha do então prefeito Aiacyda acabaram derrotados e dentre os muitos motivos elencados estavam a questão do lixo, que deixou a cidade sem coleta durante semanas e a conivência no aumento da taxa de lixo. E à época, conivência quase unânime, ou seja, apenas o vereador Wilson Sorriso se posicionou contra. Resultado? Até onde o povo conseguiu, sete foram colocados para fora da Câmara. Os que salvaram os mandatos, sabem o quanto a reeleição custou.

LIDERENÇA

As informações não são convergentes: a questão da escolha do líder do prefeito na Câmara estaria entre dois nomes: Leila Ravázio (PSB) e Doriedson de Freitas (REDE). A escolha final pode sair nas próximas horas.

CENTENÁRIA

Em apenas três sessões os vereadores conseguiram ultrapassar a marca centenária de indicações apresentadas. Exatas 102, com temas manjados e nunca atendidos pelo Executivo. As moções também correm céleres. Mais de 20 em apenas três semanas.

CELULAR

Quem assistiu via internet a sessão da Câmara de terça-feira (16), notou que um vereador, até de forma insistente, dedicava sua atenção ao manejo do celular, ao invés de partilhar das discussões com seus pares.

ORDEM DO DIA

Em duas, das três sessões ordinárias realizadas pela Câmara, a pauta não contou com Ordem do Dia, ou seja, a votação de projetos. Início de gestão pode ser um ingrediente que explique essa ausência.

DESPRESTÍGIO

O vereador Márcio Oliveira, ao tecer comentários na referida sessão, elencou nomes de deputados, os mais votados em Mairiporã nas eleições de 2018, que nunca liberaram recursos em favor da administração municipal. Deduz-se, de sua fala, que muitos dos vereadores, como cabos eleitorais, não tem nenhum prestígio. Ou seja, os mais votados não precisam dos senhores edis nas campanhas.

FEZ ESCOLA

O ex-vereador Gusto Forti, derrotado nas urnas no ano passado, parece ter feito escola. Na sessão desta semana, um seu conterrâneo de bairro, ao falar na tribuna, disparou um ‘que SEJE’, muito peculiar nas falas do ex-parlamentar. SEJE, vereador?

ARCO-ÍRIS

O Governo do Estado anda tão desmoralizado com o seu arco-íris do Plano SP, que centenas de cidades interioranas estão aprovando leis, através das câmaras municipais, colocando 90% das empresas como ‘serviços essenciais’, o que permite a abertura em expediente normal. Inclusive bares, restaurantes e academias. Ninguém aguenta mais o blá blá blá de João Dória e das autoridades do seu comitê da pandemia, e a falta de explicações sobre os números de casos e mortos que não retrocedem.