LEVANTAMENTO foi feito pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), com base no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medido mensalmente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontou que o churrasco, geralmente preparado nos finais de semana, e agora por conta da Copa do Mundo, ficou 24,5% mais caro se comparado ao último mundial de futebol. Entre junho de 2014 e maio de 2018, a inflação geral acumulou alta de 26,4%.
O estudo avaliou o comportamento dos preços de 15 itens que, normalmente, compõem um churrasco, sendo que nove deles tiveram alta real de preços no período, ou seja, subiram acima da inflação geral. Destacam-se a elevação nos preços dos ingredientes do vinagrete: cebola (85,8%), vinagre (45,7%) e sal (35,7%). Um alívio para o bolso dos consumidores é o tomate, cujo preço recuou 6,7% em relação à Copa há quatro anos.
As carnes, grande estrela do prato, e a cerveja, também tiveram alta, de 24,9% e 26%, respectivamente, porém, abaixo da inflação do período. Os preços de outras bebidas alcoólicas e refrigerantes e água mineral apresentaram elevação de 34,4% e 32,1%, consecutivamente, enquanto o do frango em pedaços ficou praticamente estável (-0,1%) no período analisado.
O último período de coleta, realizado pelo IBGE, ocorreu durante a paralisação dos caminhoneiros, ou seja, os efeitos sobre os preços podem não ter sido captados integralmente em maio. Segundo a FecomercioSP, a recente crise de abastecimento pode interferir nos preços no decorrer deste e do próximo mês, principalmente de itens perecíveis, como carnes, legumes e alimentos in natura.