Discurso pronto na boca de todo político eleito tornou-se comum na hora de assumir o cargo: promessa de choque de gestão. A expressão, surrada e sem credibilidade, faz parte do rol de bobagens que o novo administrador busca impactar no início de governo, com o propósito de passar aos incautos que tem ideias modernas, avançadas e que, com isso, trará soluções para antigos problemas.
Aos que têm um mínimo de bom senso ou leu o programa de governo do senhor Antônio Aiacyda, despejado aos milhares durante a campanha eleitoral de 2016, sabia perfeitamente que aquilo tudo era ‘conversa para enganar trouxas’. E como o tempo é senhor da razão, já se passou mais da metade do mandato e nem 10% das promessas foram cumpridas.
Com certeza faltou energia para que o tal choque ocorresse. Mesmo assim, o pseudo gestor não deixa de enaltecer suas obras, e como papel aceita tudo o que se escreve, despejou, também aos milhares, revistas e jornais que enaltecem seus feitos, ‘provando’ que fez a diferença.
A população, que sente na carne os problemas, ainda espera, há décadas, por políticas públicas de segurança, mobilidade urbana e, há milênios, por uma saúde digna, atendimento decente, sem necessidade de recorrer a outros municípios.
No quesito saneamento básico, nem é bom falar. Cidade com quase a totalidade de seu território dentro da área de proteção ambiental, tem pouco mais de 35% de rede de esgoto.
Mais recentemente, precisamente nos dois últimos anos, um episódio que depõe contra a ‘gestão’ Aiacyda: seu governo não consegue convencer a população a se vacinar. No caso da gripe, a situação é alarmante. Pelos números que tomei conhecimento no final de semana, mais uma vez o limite proposto pelas autoridades da saúde não será cumprido.
Infelizmente esse é o quadro do governo que temos. Improdutivo, tenta enfiar goela abaixo da população revistas e jornais cujos feitos na verdade buscam unicamente ‘efeitos’ positivos.
Gente de bem, esperava muito mais que isso: um gestor na acepção da palavra. Mas Mairiporã ainda não deu sorte nesse quesito.
Por enquanto, choques só aqueles que deixam os mairiporanenses perplexos.