Cheques ainda sobrevivem em 1,5% das compras no comércio de Mairiporã

UM DOS instrumentos mais importantes de crédito em todo o País, até o início dos anos 2000, o cheque ainda continua a ser utilizado em Mairiporã. Segundo levantamento realizado pela reportagem, junto aos setores de comércio e serviços, 1,2% das compras efetuadas são feitas com cheques.
Em tempos de cartão de crédito e débito, o velho e bom pré-datado ainda resiste, porém há restrições para ser aceito: clientes conhecidos e que não possuam restrição no nome. Também há inúmeros comércios em Mairiporã que não operam com as chamadas ‘maquinhas de cartão’, o que obriga o consumidor a substituir o chamado ‘dinheiro de plástico’ pelas folhas de papel do talão de cheques.
De acordo com o levantamento, o uso do cartão de crédito e débito responde por 69% dos pagamentos parcelados, enquanto outros 29,8% se valem de carnês das próprias lojas. Segundo três comerciantes ouvidos pelo Correio, quem mais usa talão de cheque são as pessoas mais velhas, que não aceitaram aderir às novas formas de efetuar pagamentos.
Afirmaram também que embora não haja uma previsão de tempo para o fim definitivo do cheque, a possibilidade de se efetuar operações através do smartphone vai acabar levando a isso.
Dados da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) apontam que a compensação de cheques diminuiu 82,71% nos últimos vinte anos, enquanto o número de contas correntes abertas saltou de 39 milhões para 155 milhões.
Outro aliado do cheque são as taxas cobradas pelas operadoras de cartão, que desestimulam boa parte do comércio.