É consenso, nos meios políticos e em inúmeros segmentos da sociedade local, que a composição da Câmara de Vereadores, que encerra mandato em dezembro, foi a pior que já teve assento na Casa de Leis, em toda a história política da cidade. Não faltaram razões para isso, que vão desde o adesismo e subserviência ao Poder Executivo, que implicou na rasa fiscalização observada, até a quase nula representatividade.
Daqui 9 dias os eleitores de Mairiporã vão às urnas para definir quais serão os seus ‘representantes’ no parlamento municipal pelos próximos quatro anos. Nesta reta final é comum, mas não deveria ser, que as campanhas fiquem mais acirradas e que os concorrentes lancem mão de todos os artifícios, alguns ilegais, como mentir em vídeos espalhados nas redes sociais, tudo em nome do convencimento dos eleitores de que são melhores que os adversários.
A mudança observada no início deste ano, quando vereadores que gozavam da intimidade do gabinete do burgomestre decidiram engrossar o até então diminuto exército oposicionista, não serve de atenuante. Ainda não se sabe se essa mudança foi oportunismo político ou impelidos a fazê-lo, uma vez relegados à condição inferior no time que cegamente apoiou o prefeito, claro, em troca de favores e muitos cargos na administração.
São mais de 200 candidatos a vereador e embora alguns nomes sejam figurinhas carimbadas, existe todo tipo de perfil, desde liberais e conservadores, religiosos e ateus, corintianos e palmeirenses e o espertos e os incautos. Cardápio para todos os gostos.
Dos que estão no cargo, Marco Antônio tem quatro mandatos, Márcio Alexandre tem três, assim como Carlos Augusto, ou seja, veteranos como edis que ao longo de todos esses anos pouco ou nada acrescentaram à cidade enquanto ‘representantes’. Mas estão em busca de mais quatro anos. E se computadas as eleições que perderam, fazem da política um meio de vida.
O eleitor tem uma nova oportunidade de colocar caras novas na Câmara, de pôr fim ao ‘mais do mesmo’, inclusive de assessores que vivem de ‘boquinhas’ na Prefeitura e Câmara, também conhecidos como cabos eleitorais.
E se de fato essas novas caras chegarem ao Palácio Tibiriçá, que não façam aquilo que os neófitos de 2016 fizeram, ou seja, nada ou quase nada em favor da população e quase tudo em benefício pessoal.