Chega de mais do mesmo!

Denunciado pelo Ministério Público sob acusação de improbidade administrativa na construção do Centro Educacional, em que também são corresponsáveis a ex-secretária da Educação, Leila Ravázio, e a empresa Geração Engenharia, que construiu a obra, o prefeito Antônio Aiacyda coleciona esta e outras situações que tem repercutido negativamente na sociedade mairiporanense.
Quando ainda tinha esmagadora maioria na Câmara, aprovou o que quis, inclusive um aumento descomunal na taxa de lixo, que alcançou locais onde nem existe coleta. E o aumento foi progressivo durante os quatro anos que se encerram em dezembro.
Aiacyda ainda responde a uma série de outros processos e ganhou recentemente uma Comissão Especial de Inquérito, conhecida como a CEI do Semáforo, que o investiga sobre a compra e instalação do equipamento, que não funciona desde dezembro do ano passado. Além da inoperência que se observa, do dinheiro jogado fora, nunca houve necessidade de colocar semáforos ao longo da principal avenida da cidade.
A cereja colocada no bolo de suas decisões danosas aos interesses da coletividade ocorreu na semana passada, quando devolveu à Câmara, sem sancionar, o projeto que instituia o Plano de Cargos, Salários e Carreiras do funcionalismo público, que há 20 anos espera por esse instrumento a lhes fazer justiça no serviço municipal. Servidores que ‘carregam o piano’, como se diz popularmente, não tem como progredir na carreira e ainda estão submetidos a humilhação de ver apadrinhados políticos em cargos de comissão, ganhando o dobro, às vezes o triplo, sem nenhum compromisso com a instituição.
Outra questão relevante, que afeta as famílias, é a falta de oferta de vagas nas creches. O número de crianças chegou próximo de 1.000 e nenhum movimento foi feito no sentido de minorar o problema e permitir que mães pudessem entrar no mercado de trabalho para ajudar no orçamento doméstico. Esse problema não é de agora.
Há dezenas de outras questões que também não foram aceitas pela cidade, e o que se espera disso tudo é que o eleitor se conscientize que não há mais espaço para governantes que fazem do improviso uma norma de conduta. Aiacyda é político, nunca foi gestor.
Nada justifica dar-lhe mais um mandato, se já passou pelo Paço três vezes e a cidade não experimentou o desenvolvimento desejado. Ao contrário, sua economia caiu do segundo lugar na região formada por cinco municípios, para a quarta posição. Saúde, Saneamento Básico, Segurança, Mobilidade Urbana e Emprego são problemas de mais de 20 anos que nunca foram resolvidos.
Hora de acabar com ‘mais do mesmo’.