O colégio eleitoral brasileiro que vai eleger o presidente da República em outubro foi definido na quarta-feira, quando o Tribunal Superior Eleitoral encerrou o prazo para regularização dos títulos. Os eleitores que deixaram a oportunidade passar só podem votar em outro pleito, o de 2024.
Terminada esta etapa do processo eleitoral, agora o jogo passa exclusivamente para o campo político e ninguém duvida que vai ser o mais acirrado de toda a história republicana.
Também começou a mudar o cenário eleitoral propriamente dito, segundo novas pesquisas divulgadas pelo Instituto Paraná Pesquisas, no último dia de abril.
E parece que o espírito mudancista, como diria o prefeito de Sucupira, Odorico Paraguassu, se estendeu até o feriado de 1º de maio, data emblemática, em que o grupo do presidente Jair Bolsonaro se saiu bem melhor que o do seu oponente, o ex-presidente Lula. As manifestações convocadas por simpatizantes dos dois lados tomaram ruas e avenidas, porém os bolsonaristas levaram vantagem ao defender a liberdade de expressão, o voto auditável e críticas aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
Já os lulistas não foram tão bem assim nos atos realizados por sindicatos. A presença de Lula e de shows com artistas renomados, usados como isca para arrebanhar multidão, falharam. A adesão foi pequena e até o discurso do ex-presidente criou problemas. Aliás, como tem sido a verborragia de Lula nos últimos tempos.
No campo das pesquisas o presidente parece ter conseguido virar os resultados que lhe eram adversos e está na frente do candidato petista, principalmente em São Paulo. Esse novo comportamento do eleitor paulista, segundo especialistas em eleição, pode ganhar rapidamente todo o País, já que São Paulo é o termômetro das eleições em nível nacional.
Enquanto partidos começam a se aproximar do presidente, mesmo movimento observado em vários estados, nas hostes trabalhistas escolheram como culpado pelos resultados ruins das últimas semanas o marqueteiro, que acabou demitido.
Fora dessa polarização, a terceira via patina e ninguém se entende. Há muito cacique e pouco índio nesse nicho político, ou seja, todos querem ser candidatos a presidente e não abrem mão para um acerto que permita só um postulante.
Ainda vamos ter muita água por debaixo dessa ponte. Rumos de campanhas vão ser alterados e o eleitor será ‘caçado’ na acepção da palavra.