Casais planejam presentes de até R$ 200 no Dia dos Namorados

A reportagem da Correio Juquery, em levantamento feito durante os últimos três dias, apurou que os casais de namorados devem investir, em média, R$ 200 em presentes, e a maioria deve comprar apenas um item. O valor é 42% maior que o observado em 2021, quando o tíquete médio foi de R$ 140,00.

O Dia dos Namorados será comemorado neste domingo (12), e ainda de acordo com o apurado, 55% dos namorados mairiporaneneses devem presentear nessa data.

Os artigos que devem ter maior procura serão roupas (38%) e calçados (16%), os campeões de venda nessa data. Outros itens: cosméticos (12%), bombons (8%), flores (6%), acessórios (6%), perfumes e livros e bebidas (2,5%). Outros 11,5% disseram que ainda não definiram quais serão os presentes.

Pagamento – As formas de pagamento deverão observar a mesma ordem registrada em outras datas comemorativas, como no Dia das Mães, com preferência pelo cartão de débito (pagamento à vista), opção para 36% dos consumidores, dinheiro (28%), transferência eletrônica (PIX, TED ou DOC), 9% e boleto (1,5%). Outros 25,5% disseram preferir o pagamento parcelado no cartão de crédito, entre duas a três vezes.

Lojas – Para a maioria dos entrevistados, as compras deverão ser feitas nas lojas físicas (shoppings, lojas de rua em bairro e no centro da cidade). A expectativa dos comerciantes é que haja um crescimento de 8,5% nas vendas na comparação ao mesmo período do ano passado. Pela internet, o e-commerce avalia que pode crescer até 6%.

Durante o levantamento, 87% dos entrevistados afirmaram que ainda não tinham realizado a compra do presente, enquanto 13% responderam que preferiram antecipar.

Celebração – Os casais que disseram comemorar condignamente a data, 35% responderam jantar em restaurante; outros 28% preferem almoçar em casa; almoço em restaurante foi a opção para 13%, e ainda foram citados motel (4%), hotel/pousada (3%), lanchar fora (3%) e viagem (1%). Para 13% a forma ainda não havia sido decidida. (Juarez César/CJ – Foto: Reprodução)

Por que só no Brasil o Dia dos Namorados é em junho

Qual é a origem do Dia dos Namorados no Brasil? Enquanto os Estados Unidos e a Europa comemoram o chamado “Valentine’s Day” (ou Dia de São Valentim), em 14 de fevereiro, por aqui, o feriado do romance é celebrado em 12 de junho desde 1948. E o motivo é exclusivamente comercial.

A ideia de estabelecer a comemoração veio do publicitário João Doria, pai do ex-governador de São Paulo João Doria Jr. Dono da agência Standart Propaganda, ele foi contratado pela loja Exposição Clipper com o objetivo de melhorar o resultado das vendas em junho, que sempre eram muito fracas. Inspirado pelo sucesso do Dia das Mães, Doria instituiu outra data para trocar presentes no ano: o Dia dos Namorados.

Junho foi escolhido porque era justamente o mês de desaquecimento das vendas. O dia 12 foi escolhido por ser véspera da celebração de Santo Antônio, que já era famoso no Brasil por ser o santo casamenteiro. Unindo, então, o útil ao agradável, Doria criou a primeira propaganda que instituiria a data no país. “Não é só com beijos que se prova o amor!”, dizia um slogan do primeiro Dia dos Namorados brasileiro. “Não se esqueçam: amor com amor se paga”, afirmava outro. A propaganda foi julgada a melhor do ano pela Associação Paulista de Propaganda à época.

A data começou a “pegar” no Brasil no ano seguinte, quando mais regiões começaram a aderir – posteriormente, a comemoração se tornou nacional. Atualmente, o Dia dos Namorados já é a terceira melhor data para o comércio no país – atrás apenas do Natal e do Dia das Mães. A média do faturamento do dia romântico já chega perto de R$ 1,5 bilhão.

Dia de São Valentim A origem do Valentine’s Day (Dia de São Valentim), celebrado nos Estados Unidos e na Europa, é muito anterior ao Dia dos Namorados no Brasil. A data começou a ser celebrada no século 5. Há algumas explicações para a história, mas a mais famosa é a de que São Valentim era um padre de Roma que foi condenado à pena de morte no século 3. Segundo esse relato, o imperador Claudio 2º baniu os casamentos naquele século por acreditar que homens casados se tornavam soldados piores – a ideia dele era de que solteiros, sem qualquer responsabilidade familiar, poderiam render melhor no exército. Valentim, porém, defendeu que o casamento era parte do plano de Deus e dava sentido ao mundo. Por isso, ele passou a quebrar a lei e organizar cerimônias em segredo.

Quando o imperador descobriu, o padre foi preso e sentenciado à morte no ano 270 d.C. Mas, durante o período em que ficou preso, Valentim se apaixonou pela filha de um carcereiro. No dia do cumprimento da sentença, ele enviou uma carta de amor à moça assinando “do seu Valentim” – o que originou a prática moderna de enviar cartões para a pessoa amada no dia 14 de fevereiro. Foi apenas dois séculos depois que a data passou a ser efetivamente comemorada, quando o papa Gelásio instituiu o Dia de São Valentim, classificando-o como símbolo dos namorados.

A comemoração foi criada quando a Igreja transformou em festa cristã uma antiga tradição pagã – um festival romano de três dias chamado Lupercalia. O evento, ocorrido no meio de fevereiro, celebrava a fertilidade. Seu objetivo era marcar o início oficial da primavera.

Mas há ao menos outras duas figuras históricas que disputaram o título de São Valentim associado a essa data. Uma delas é um bispo de uma cidade próxima a Roma – na região da atual Terni – e a outra, um mártir do norte da África. Como não se sabe muito sobre essas duas outras figuras, o padre de Roma acabou se tornando o mais conhecido dos padroeiros dos namorados. (Newsletters)