ESTUDO divulgado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), realizado em todas as regiões do País, mostram que 26% dos consumidores brasileiros ainda se utilizam dos tradicionais carnês de crediário para efetuar compras, e outros 8% se valem do cheque pré-datado.
Esses dados surpreenderam, pois a tecnologia praticamente domina todos os setores da economia nacional, como cartões de crédito e débito.
O levantamento revela também que os carnês (31%) são mais utilizados pelas mulheres na compra de veículos ou eletrodomésticos, e por moradores (29%) do interior do País. A explicação é que o fato de não haver burocracia colabora para o uso do velho e bom carnê. Boa parte das lojas, que havia abolido esse tipo de transação, voltou a utilizá-lo diante das dificuldades econômicas e fuga do consumidor.
De acordo com o estudo, outro fator que estimula o carnê, principalmente nas cidades de menor porte, é que considerável parcela da população não faz uso de serviços bancários, o que inclui cartões de crédito e débito. Outro motivo está na relação entre o comerciante e o comprador, o que facilita a compra pelo talão de papel com muitas prestações. Há ainda outra motivação: os juros dos cartões, que estão próximos dos 400%, contra uma inflação, no mesmo período até julho, de 2,71%.
