Com hábito de ler jornais impressos diariamente, durante muito tempo fui assinante da Folha de S. Paulo e do Estadão até o início dos anos 2010. Gostava de comparar as informações aproveitando para aprimorar minhas opiniões. Agora, com o avanço da tecnologia consigo comparar com muito mais rapidez e diversidade.
Na última segunda feira (22) vi na ‘chamada’ do G1 a notícia “Vacinação contra Covid: quase 61% da população está totalmente imunizada; mais de 129 milhões de pessoas da população brasileira está totalmente imunizada. E em seguida, com a mania de diversificar as fontes de informações, vi no site da UOL noticia semelhante, entretanto com percentual muito mais alto “Brasil chega a 80% da população adulta com esquema vacinal completo contra Covid”. Os mais jovens ainda estão abaixo do teto de segurança coletiva. Ou seja, mais expostos a contaminações e óbitos.
Hoje, quarta-feira (24) quando ‘fecho’ meu artigo semanal, como nos outros dias acordo às 5 horas e começo minhas leituras, e me chamou atenção que mais de 70 cidades paulistas cancelarão o carnaval de 2022. As 73 cidades temem ‘por alta de casos de covid-19’, segundo levantamento feito pela Band Notícias. A começar pela cidade São Luiz do Paraitinga que tem enorme tradição no Estado de SP e recebe milhares de pessoas do Brasil e do mundo nesse período. Campo fértil para o coronavírus.
Os prefeitos dessas 73 cidades certamente estão atentos aos indicadores de contaminação de suas populações e de óbitos pela Covid-19, apesar do Estado de São Paulo ser o com maior percentual de adultos vacinados (94,44%). Entretanto, quero entender que a maior participação nas festas carnavalescas são dos mais jovens que, como se sabe, com índice de imunização completa inferior.
Outro detalhe que traz insegurança aos prefeitos deve ser a manutenção dos cuidados necessários. Evidentemente o uso de máscara, higienização com álcool em gel a cada aperto de mão e outros apertos durante os eventos carnavalescos são humanamente incontroláveis.
Encerrando as informações carnavalescas: a cidade de São Paulo, através do seu secretário de Saúde, Edson Aparecido, informou que a decisão sobre o Carnaval Paulistano de 2022 será no mês de janeiro para melhor avaliação dos riscos de contaminação. Ou seja, se for autorizada a festa carnavalesca, as escolas de samba paulistanas deverão improvisar, pois sabe-se que as preparações dos desfiles necessitam de muito mais tempo. Vai ter carnaval em 2022? Vamos aguardar!
Essio Minozzi Júnior é professor de Matemática e pedagogo. Pós-Graduado em Gestão Educacional – UNICAMP; Planejamento Estratégico Situacional – FUNDAP- Administração Pública-Gestão de Cidades UNINTER; Dirigente Regional de Ensino DE Caieiras (1995-96), Secretário da Educação de Mairiporã (1997-2000) e (2017-2018), Vereador de Mairiporã (2009-2020)