DIFERENTEMENTE de outros anos, as eleições deste ano colocaram os candidatos em situação difícil, pois não tem como arrecadar dinheiro para cobrir os custos de campanha. Alguns colocam do próprio bolso ou aguardam o fundo partidário, o que dificilmente ocorrerá.
Buscar dinheiro tem sido um desafio, mesmo para os candidatos a prefeito, que geralmente concentram as doações. Os postulantes à vereança são os mais atingidos pelas novas regras do TSE, que permite apenas doações de pessoas físicas. As empresas estão proibidas.
Mesmo assim, a lei determina uma limitação: o valor da doação não pode ultrapassar 10% da receita declarada no ano anterior à Receita Federal. Por exemplo: se o cidadão declarou ter recebido R$ 50 mil durante 2015, só pode doar até R$ 5 mil. Os candidatos, porém, não tem limite estipulado para colaborar com as próprias campanhas.
A decisão do TSE, segundo analistas ouvidos pela reportagem, foram unânimes em afirmar que o gasto em campanhas políticas era surreal, um absurdo, uma despesa que não se justificada. O patrocínio de pessoas jurídicas, especialmente as grandes construtoras, eram estratosféricos e estimulavam o caixa 2, a principal fonte da corrupção.
Receitas – Até ontem à noite, segundo os dados do Tv SE, o candidato a prefeito com mais receitas era Antônio Aiacyda (PSDB), com R$ 175 mil. A seguir Marcio Pampuri (PV) com 122 mil, Aladim (PSC) com 41 mil) e Jaizinho (PT) R$ 5 mil. O candidato José Hélio (PSOL) ainda não declarou receitas. Os candidatos a prefeito de Mairiporã, pelas novas regras eleitorais, têm limite de gastos de R$ 272.456,64. O valor representa 70% da campanha mais cara na cidade em 2012, última eleição municipal.
Fonte: acidadeon