Embora os meios de comunicação e as autoridades da Saúde insistam em pedir que não haja qualquer tipo de aglomeração ou contatos com grupos, os políticos estão à solta atrás do eleitor. Mas não basta só isso. À reboque, querem o voto. Para tanto, reuniões, visitas domiciliares, até alguns encontros regados a comida e bebida integram a cartilha dos solertes postulantes ao Executivo e às 13 cadeiras da Câmara.
Dificilmente o governo municipal vai fiscalizar e proibir a campanha eleitoral presencial. O próprio governo é candidato a mais quatro anos no Palácio Tibiriçá.
O prazo final para registro dos candidatos termina neste final de semana. Pela listagem dos partidos, já são 252 com desejo de ter assento na Câmara, um a mais que em 2016. A esperada e propalada campanha diferente por conta da Covid-19, apenas centradas nas redes sociais e menor número de eventos nas ruas, é mera ficção.
Sem medo de errar na afirmativa, esse é o desenho do processo eleitoral que vai eleger vereadores e prefeito para os próximos quatro anos e administrar uma cidade com mais de 100 mil habitantes.
No quesito prefeito, mais dois nomes surgiram quase no apito final do árbitro, elevando o número para sete. Nem todos são suficientemente conhecidos em entram na disputa pensando em puxar votos para seus candidatos a vereador, diante do fim das coligações proporcionais. Há também aqueles que pensam em colocar o nome de olho nos processos eleitorais de 2022 e 2024.
O grande desafio dos candidatos, no entanto, é outro: convencer o eleitor a acreditar nos políticos, fazê-lo sair de casa em meio ao coronavírus e motivá-lo a votar.
Muitos analistas, no entanto, apostam que os índices de abstenção devem ultrapassar com folga os 35%. Se a isso forem somados os votos brancos e nulos, a soma dos votos descartados baterá com facilidade os 40%. Em números absolutos, 25 mil votos que não serão contabilizados. É esperar e conferir.