Cabide eleitoral

Já não bastasse tudo o que impôs à sociedade de Mairiporã nos últimos três anos, com muitos incompetentes nomeados para figurar no quadro de funcionários da Prefeitura, a título de ‘colaboradores’ comissionados, o senhor Antônio Aiacyda tentou, logo na volta dos vereadores do recesso, emplacar mais gente no rol de amigos sustentados pelo dinheiro público.
Queria, sua excelência, criar mais uma secretaria, a de Cultura, desmembrando-a da Secretaria de Esporte e Lazer. Ou seja, nomear mais um secretário (ou seria secretária?) e com o titular uma gama de mais funcionários.
Ora caro amigo leitor, criar ou desmembrar secretaria em ano eleitoral cheira mal, cheira a manobra com propósitos escancaradamente políticos em busca da reeleição. Pelo que vi, ouvi e assisti nos últimos três anos, o senhor Antônio Aiacyda fez o que bem quis à frente da Prefeitura, pôs e dispôs ao seu bel prazer e todos, indistintamente, obedeceramm sem questionamentos. Certo ou errado, obedeceram. É flagrante que muitos dos seus assessores tem o fito único de receber o polpudo salário ao final de cada mês. E segundo números oficiosos, bate nos 10% do total da folha de pagamento.
Em vários setores da administração pública, que isso fique bem claro às famílias de bem desta cidade, há guarda-roupas. A maioria com dezenas de cabides, que juntos somam centenas de cabos eleitorais neles dependurados, a um custo alto para a população.
O que me conforta neste momento é saber que a intenção do senhor prefeito não prosperou e faltaram votos na Câmara para virar realidade. Até onde li, três vereadores mudaram de posicionamento e, mesmo que tardiamente, chegam a tempo de impedir novas barbaridades que o atual prefeito comete em nome do povo.
Não vejo uma luz no fim do túnel, talvez uma vela. O que já é melhor que a escuridão.