Brasil entre os três países com maior incidência de sarampo

Relatório do Unicef divulgado recentemente, aponta que o Brasil é um dos três países do mundo com maior incidência de sarampo, no período entre 2017 e 2018. Perde apenas para Ucrânia e Filipinas. Se há dois anos não houve registro da doença, em 2018 foram mais de 10 mil casos.
De acordo com o órgão das Nações Unidas para a Infância, dez países estão na dianteira dos casos e juntos respondem por 74% do aumento. Ao todo, 98 países denunciaram casos de sarampo no ano passado. Para a diretora da Unicef, Henrietta Fore, o crescimento da doença é um alerta, pois existem vacinas seguras, eficientes e baratas que salvam vidas.
Ainda segundo Fore, “Esses casos não apareceram da noite para o dia. Assim como os sérios surtos que estamos vivendo no momento tiveram início em 2018, a falta de ações hoje trará consequências desastrosas para as crianças amanhã.”
Dentre os problemas elencados estão infraestrutura precária de saúde, conflitos civis, baixa conscientização da comunidade e hesitação com as vacinas.
Em 2018 o Brasil enfrentou um grande surto de sarampo, envolvendo 11 Estados, com 10.302 casos confirmados, sendo 90% deles concentrados no Amazonas.
Em recente reunião com representantes de secretarias municipais e estaduais da saúde, o ministro da área, Luiz Henrique Mandetta, disse que o Brasil terá de refazer o pacto sobre vacina, pois o índice de vacinação está perigosamente baixo e alguns Estados dizem que está muito bom, mas enquanto todos não estiverem com níveis elevados de vacinação os caminhos estarão abertos para a disseminação do vírus.
O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece duas vacinas que protegem contra o sarampo: tetra viral, que imuniza também contra a rubéola, caxumba e varicela, e é administrada aos 15 meses, e a tríplice viral (sarampo, rubéola e caxumba), também aos 15 meses.