Problemas políticos e sociais não passam nem perto da repercussão do assunto mais comentado do momento: o Big Brother Brasil. Longe de mim, que sou grande fã de programas do estilo, reclamar da dimensão que a atração tomou este ano. Não se fala de outra coisa, e esse espaço não poderia ficar de fora.
Considerando que as primeiras edições do reality show foram ao ar eu tinha poucos anos de idade, não me lembro de um ano que não tenha acompanhado o programa, assim que tinha idade suficiente para tal. Por isso, desde sempre me deparei com dúvida: é digno assistir o tal do BBB? Muitos achavam – e continuam achando – que não.
Como nunca deixei de ter contato intenso com livros e estudo, nunca vi problema em dar uma espiadinha ou outra, não é como se me fizesse tornar uma pessoa mais fútil.
O tempo foi passando e o tema ficou mais sério. “Como assim, você assiste BBB? Aquilo não serve para nada”. Certa vez, até mesmo um professor olhou para mim, horrorizado ao descobrir meu “segredo”. Bom, o que posso dizer é que não serve mesmo. Mas, para que servem as novelas, os filmes, as séries, os jogos de futebol? Entretenimento puro, oras. Simples e unicamente. Sem pretensão de, necessariamente, dar ou tirar alguma coisa.
Enfim, agora que todo mundo parece realmente estar vigiando a casa mais vigiada do Brasil, sinto como se tivesse vencido uma batalha e provado um ponto. O “Eu” de anos atrás estaria orgulhoso.