Bancas de jornal se reinventam para sobreviver à crise

Os donos de bancas de jornal na cidade, diante da turbulência econômica, que parece ainda demorar, experimentam queda expressiva na venda de revistas, livros e jornais, e tentam se reinventar. Segundo o Sindicato dos Jornaleiros, uma média de quatro bancas fecham todos os anos na região, e por isso mesmo a saída é apostar na criatividade e garantir o sustento para sobreviver à crise do papel.

O volume de vendas no varejo no segmento ‘livros, jornais, revistas e papelaria’ segue em baixa contínua desde fevereiro de 2014, na comparação com anos anteriores. Em maio de 2016, o índice atingiu a queda mais acentuada, chegando a 24,4%. Os dados são da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Ainda de acordo com o sindicato da categoria, as bancas foram lucrativas de 1970 a 1980, quando o advento da internet começou a ganhar espaço e a venda de jornais e revistas em outros estabelecimentos (padarias e supermercados) se intensificou.

Em Mairiporã algumas bancas deixaram de existir e as que resistem dividem espaço com outros artigos, que vão de salgados, chocolates e sucos, até cigarros e artigos de papelaria. Também têm serviços de xérox, além de brinquedos, adesivos, jogos, venda de créditos de celular, que podem ser comprados através cartões de crédito e débito.

Esses foram os nichos encontrados para que bancas sigam funcionando e manter parte da clientela.

Das bancas que existiam na região central da cidade, fecharam as da praça da matriz, da avenida Tabelião Passarella (próxima ao Posto Ipiranga), da rua Ipiranga, próxima do Hospital, e outra na Tabelião, próxima do Supermercado Ipanema. A banca da rua São Paulo perdeu completamente as características desse tipo de comércio.

Seguem funcionando a do Largo do Rosário (antiga rodoviária), a que se localiza próxima ao Fórum e outra ao Supermercado Quality e a banca do Gordo, na Tabelião Passarella, vizinha ao prédio da Vivo.