CADA vez mais o brasileiro perde o interesse pelas eleições, pela política de modo geral. Isso é comprovado quando se verifica o ritmo de crescimento do colégio eleitoral da cidade na última década.
Levantamento feito pelo Correio, com base nos dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), revela que o crescimento no número de votantes entre 2016 e 2018 foi de 2,37%, o menor índice da década.
Há dois anos, nas eleições municipais, a cidad e possuía 59.867 eleitores. Para o pleito deste ano estão inscritos 61.289. Ou seja, em dois anos ganhou 1.422 votantes. Esse número é quase três vezes menor que a evolução registrada entre 2010 e 2012, quando o crescimento foi de 6% e 3.129 novos eleitores (ver quadro).
Para analistas políticos, a desaceleração no aumento de eleitores é um fenômeno registrado em todo o País que está diretamente ligada à descrença com os políticos e o sistema eleitoral. Não há mais interesse em votar e isso tem sido expressado nas últimas quatro eleições, com recordes de abstenções. Em Mairiporã, no pleito de2016, somando-se abstenções, votos brancos e nulos, o percentual de eleitores que aderiram a ‘não votar’ foi de 30%.
Ainda segundo os analistas, no Brasil e até em outros países a chamada ‘democracia representativa’ está em estado terminal. A população não se sente representada por esse modelo de governo e espera por outro tipo de gestão governamental e processo político-eleitoral.
Se o voto facultativo não existe oficialmente no Brasil, o eleitor está fazendo uso de estratégias como justificar o voto ou pagar a multa em caso de ausência.
