Após recesso, vereadores retomam sessões na terça-feira

Após recesso 46 dias, a Câmara de Mairiporã retoma as sessões ordinárias, nesta terça-feira, 4, o último ano da atual legislatura. A novidade, segundo informações veiculadas durante todo este mês, é que a correlação de forças em plenário mudou. Se o governo municipal tinha confortável maioria, com 9 parlamentares, agora parece que ficou com apenas 6, pois três decidiram formar no bloco de oposição: Nil Dantas (PV), Éssio Minozzi Júnior (PDT) e Alexandre Boava (PPS).
Vão se juntar aos quatro edis que ao longo dos últimos três anos fizeram uma série de denúncias em relação ao modo de governar do prefeito e ações que, segundo os denunciantes, lesaram o município: Wilson Sorriso e Pastor Cícero (PSC), Doriedson de Freitas (REDE) e o atual presidente da Casa, Ricardo Barbosa (PSDB).
Como é hábito, por sinal nocivo à sociedade, a Câmara não divulga antecipadamente as pautas dos trabalhos das sessões, como é praxe em centenas de municípios. Pautas, aliás, que são mudadas até momentos antes de cada reunião ordinária, para atender interesses ou do prefeito ou de vereadores.
Março – A volta das sessões, no entanto, não é prioridade entre os edis. O foco neste momento é com a chegada do mês de março, quando poderão, conforme reza o calendário eleitoral, mudarem de partido visando as eleições de outubro, o chamado troca-troca.
Segundo conversas de bastidores, inúmeros parlamentares vão deixar as atuais legendas e procurar abrigo naquelas que avaliam terão maiores chances de reeleição. Como nenhum dos 13 que tem assento na Câmara não pretende disputar a eleição majoritária (prefeito), todos vão tentar novo mandato.
Da atual composição, a princípio, três estão inelegíveis por conta da reprovação das contas, de acordo com decisão do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo.
Dificuldades – Confirmada a mudança e estabelecida maioria no grupo oposicionista, o Executivo vai encontar dificuldades para aprovar projetos como nos anos anteriores, de interesse maior do Executivo e não da socidade.
Quanto contava com a maioria, o prefeito endividou a Prefeitura em R$ 20 milhões, através de empréstimos bancários, montante que vai ter um custo final de R$ 32 milhões, com a incidência de juros, justamente com por conta com um grupo de 9 vereadores.
A primeira sessão do ano, na terça-feira, 4, tem início regimental previsto para às 17 horas.