Na região do Cimbaju, formada pelos municípios de Mairiporã, Franco da Rocha, Caieiras, Francisco Morato e Cajamar, 52,6% da população é composta por mulheres. No entanto, quando se trata de política, o cenário é muito diferente dentro dos legislativos municipais.
Do total de 61 vereadores eleitos nas cinco cidades em 2020, cujos mandatos se encerram em dezembro deste ano, apenas 6 cadeiras são ocupadas por mulheres (9,8%). Os homens representam 90,2% (55 vagas).
Mairiporã, por força da nomeação de um vereador para ocupar uma secretaria na Prefeitura, a primeira suplente foi alçada à condição de titular, totalizando duas. Em 2020, Leila Ravazio (PSB) foi eleita com 822 votos, enquanto Ruth de Freitas (Republicanos), primeira suplente, somou 502 votos. Na cidade são 13 cadeiras.
Franco da Rocha, com 11 vagas, tem apenas uma vereadora, Sheila Renteiro (PL), eleita com 1.181 votos. Em Caieiras, Josefa dos Santos (Zefinha), conquistou uma cadeira pelo PSD, com 1.578 votos, de um total de 10 vagas.
Em Francisco Morato, com 12 cadeiras, também uma mulher foi eleita: Márcia Monteiro (PSDB), que obteve nas urnas 1.181 votos. E finalmente em Cajamar, Câmara com maior número de vereadores (15), só uma mulher conquistou vaga: Izelda Cintra (PL), com 773. Neste caso, vale o registro de que foi a oitava eleição consecutiva de Izelda.
Analistas políticos e líderes partidários são unânimes em afirmar que o reduzido número de mulheres nas Câmaras não é bom para as comunidades. Afirmam que as mulheres precisam assumir o protagonismo e os cargos de liderança.
Mairiporã – Ao longo de sua história político-administrativa, iniciada em 1948, a cidade elegeu seis mulheres para o legislativo: Maria Zeza Gomes de Oliveira (1976), Iolanda de Oliveira (1996), Ana Maria Gaggini Tellian e Maria Francisca Boralli (2000), Tia Val (2012) e Leila Ravazio (2020).
Como suplentes, em todo o período, assumiram Maria Lúcia Mella Naf e Ruth de Freitas.
Três mulheres também se elegeram para a vice-prefeitura: Terezinha Wisniewski (2000), Ana Maria Gaggini Tellian (2008) e Débora Lopes (2012). (Juarez César/CJ – Foto: Divulgação)