LEVANTAMENTO feito pela reportagem junto ao DataSUS, no Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos (Sinasc) do Ministério da Saúde, revela que em 2017, 43,9% das mulheres mairiporanenses tiveram parto normal e 56,1% optaram por cesárea. A taxa está acima da média indicada pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que é de 15%.
A análise aponta que as cidades campeãs em índices de cesárea na região são: Cajamar (57,6%), Mairiporã (56,1%) e Caieiras (54,9). As cidades com o menor índice de cesáreas são Francisco Morato (43,1) e Franco da Rocha (48,1%).
A média nacional é de 55%, muito longe do ideal em comparação a Europa, de 25%, e EUA, de 32%. Para OMS, os números sugerem que as intervenções médicas em trabalho de parto estão generalizadas e isso coloca pressão extra nos serviços de saúde.
Para reverter o quadro mundial, a entidade divulgou 56 medidas, entre elas a melhor comunicação entre médicos e mães, para que também possam opinar sobre a administração da dor durante o processo de dilatação e posições para o parto, além da dilatação cervical, que precisa ser repensada.
O normal é que a gestante tenha 1 cm de dilatação por hora na primeira fase de trabalho de parto. A medida, no entanto, seria “irrealista” e não estaria respeitando o tempo de progresso do trabalho de parto do corpo da mulher.