Alta dos hortifrúti anula a redução no preço da carne

A QUEDA verificada no preço da carne bovina nos supermercados e açougues, o que não ocorria desde outubro, teve seus efeitos anulados nos primeiros quinze dias de fevereiro, pela alta no valor dos produtos hortifrúti, que chegaram até a 13,30% (caso do tomate), motivada principalmente por causa das fortes chuvas.
Além do tomate, a cebola e a laranja tiveram acréscimo nos valores. A Ceagesp que baliza os preços, foi uma das principais prejudicadas pelas chuvas, o que levou ao encarecimento dos hortifrúti. Isso ainda deve repercutir por mais algumas semanas. Produtos como batata, cebola e tomate são muito procurados, não só pelas famílias, mas também pelos restaurantes e indústrias. Haverá prejuízo de qualidade porque a oferta foi prejudicada e os produtos que chegariam ao mercado, como, por exemplo, a cebola mais feia que ia picar na indústria, acaba nas prateleiras e isso pressiona os preços, segundo os especialistas.
O fenômeno acontece ao mesmo tempo em que as carnes bovinas de primeira (coxão mole) e segunda (acém) apresentaram queda na pesquisa, o que não acontecia desde outubro. Na última semana, as proteínas recuaram, respectivamente, 0,16% (R$ 30,39 o quilo) e 1,67% (R$ 22,40), porém, ainda continuam em patamares altos na comparação com o mesmo período do ano passado (o acréscimo nos valores é de 36% e 42,85% em 12 meses).
Desde o fim do ano passado o preço da carne disparou pelas exportações à China e alta do dólar. Como consequência, as alternativas ao consumo da proteína bovina ficaram mais caras.
A dica aos consumidores é que tenham atenção ao lavar as frutas e legumes, mesmo acreditando que elas não tenham entrado em contato com a água das enchentes.
Ovos e frangos – Alternativa ao consumo da carne bovina no prato das famílias, o frango e o ovo tiveram alta nos preços. O quilo da carne branca está 0,27% mais cara, chegando a R$ 7,46. A dúzia de ovos brancos registrou um aumento ainda mais expressivo, de 6,05%, com custo médio de R$ 6,49.
A dúzia de ovos teve alta de 22,57% em relação ao mesmo período do ano passado e o frango, de 28,69%.
Especialistsas acreditam que a tendência é a de que os preços desacelerem aos poucos, assim como a carne.