É prática antiga, nas eleições por todo o País, e Mairiporã faz parte do pacote, os candidatos utilizarem em demasia o termo ‘promessa de campanha’. Não são poucos os cidadãos que se sentem incomodados com essa expressão, como se isso fosse panaceia para todos os problemas.
Além de promessa, boa parte costuma propor projetos e melhorias que não vão ser cumpridos. Ao prometer, não dizem claramente de onde vai sair o dinheiro para as realizações. Tanto as promessas, quanto a parte financeira, são improváveis e raríssimas de serem colocadas em prática.
Como se dizia antigamente, para se chegar ao voto há que se prometer ‘mundos e fundos’. Depois da posse, vem o choque de realidade ao se deparar com desafios incompatíveis com o que foi prometido e isso gera, logo de cara, descrédito ao governante e o início de saraivada de críticas.
Já passou da hora do candidato, ao assumir compromisso com a cidade, ter responsabilidade e analisar o que será viável e ir atrás de recursos e parcerias que possibilitem cumprir o que foi prometido. Isso é o mínimo de respeito para com a palavra empenhada, o que convenhamos, é uma conduta cada vez mais rara.
O eleitor precisa tomar ciência que promessas de campanha, trazidas com ilustrações mentirosas em panfletos jogados pela cidade, é enganação. Nenhuma delas explica de onde virão os recursos para cumpri-las.
O atual chefe do Executivo, sem nos arvorarmos como advogado de defesa, cumpriu aquilo a que se propôs fazer, quando ainda em campanha. Construiu um novo hospital, no mínimo para os próximos 30 anos, construiu uma UPA em Terra Preta, outra no bairro Jardim Pereira, creches, asfaltou dezenas de vias, aumentou o atendimento na área da Saúde e, principalmente, teve a coragem de peitar a Sabesp e fazê-la assinar um novo contrato com o município, vencido que estava desde 2009. A partir daí foi possível iniciar a construção do Parque Linear, equipamento que vai alavancar o turismo na cidade, e colocar preto no branco o quanto a empresa vai ter que investir em saneamento básico na cidade.
Não se trata, neste espaço, de conclamar o eleitor a votar neste ou naquele candidato. Isso é com o eleitor. Mas o que se espera é que haja um mínimo de compreensão entre o que é prometido e de que forma isso se tornará realidade.