Acordos entre inquilinos e proprietários de imóveis chega a 35%

UMA das principais vítimas da pandemia do novo coronavírus foi o mercado de aluguel. A relação entre inquilinos e proprietários se viu forçada a mudar e a procura por negociações no Estado de São Paulo, segundo o Sindicado da Habitação (Secovi-SP) registrou em média um salto de 35% em abril para 50% no último mês.

Em Mairiporã ao menos 30% dos inquilinos se encontram nessa situação, segundo consulta feita pela reportagem junto a imobiliárias, que revelaram o sucesso do diálogo na maioria dos casos. Os novos contratos devem trazer uma nova cláusula, em que consta um período menor para a aplicação de multa em caso de recisão.

Também em muitos desses contratos há uma cláusula que prevê, a partir de um ano, não haja multa contratual equivalente a três alugueis em caso de entrega do imóvel antes do prazo final.

Analistas apontam que outras alterações devem surgir ao longo tempo e que as relações entre proprietários e inquilinos terão de ser revistas, pois a realidade, mesmo pós-pandemia, é outra. Segundo eles, não há mais espaço para contratos de aluguel genéricos ou de adesão, com cláusulas pré-estipuladas, que nem sempre refletem a realidade das partes.

De acordo com o Creci (Conselho Regional de Corretores de Imóveis), preservar o bom inquilino tem sido a regra no mercado. Segundo a entidade, é melhor acordo com o locatário que paga certinho, e que realmente está enfrentando dificuldades, do que fazer cumprir o contrato.