A sacolinha do prefeito

Quando se imagina que o repertório apresentado pelo prefeito enquanto dirige a cidade se esgotou, eis que ele renasce como a fênix e enfia goela abaixo da população mais uma das suas. Só que agora, através da digníssima esposa, que vem a ser a Secretária do Desenvolvimento Social. Não se preocupe a nossa autoridade maior, não vou falar sobre nepotismo.
O assunto aqui é uma tal de ‘Sacola Natal Solidário’, que a população, gentilmente, pode enfiar a mão no bolso para ajudar. Além do que já gasta com impostos e outras taxas, agora pode gastar mais dinheiro por conta da sacolinha. O objetivo, segundo as explicações, é ajudar menina e menino com idades entre 1 a 12 anos e famílias que constam do cadastro da secretaria.
A iniciativa seria até louvável, se o senhor prefeito já não tivesse aumentado taxa de lixo, taxa de iluminação, valor venal de imóveis e contraído empréstimo bancário que totaliza R$ 20 milhões, cujos juros, segundo as boas e más línguas, chegam a R$ 12 milhões. Ou algo perto disso que nós, povo, contribuintes, vamos ter que pagar mais adiante.
Fico intrigado em saber que o governo do senhor Antônio Aiacyda não tenha recursos para bancar as sacolinhas aos mais necessitados. Essa prática de explorar o cidadão a colaborar com iniciativas da Secretaria do Desenvolvimento Social já foi além do suportável. O orçamento da referida Pasta não é suficiente para ações sociais como essa?
É lamentável que se recorra à sociedade, quando se sabe que o prefeito trouxe para dentro de sua nave centenas de pessoas que ocupam cargos em comissão, dinheiro que daria perfeitamente para esta e outras iniciativas de cunho social e ainda auxiliar a área da saúde. Enquanto recursos oriundos do bolso dos contribuintes bancam esse tipo de situação, a saída que o governo encontra é apelar para o emocional dos mairiporanenses. Sem dúvida um comportamento inaceitável de quem deveria dar o exemplo.