A próxima vítima

A violência não é privilégio das grandes cidades. As pequenas, talvez pela facilidade proporcionada pela falta de infraestrutura, também sofrem com o problema e não veem, no curto prazo, solução que devolva a tranquilidade e a segurança aos moradores.
Em Mairiporã não é diferente. As estatísticas mensais divulgadas pela Secretaria de Estado da Segurança Pública comprovam que os índices se mantêm há vários anos e, em determinas ocorrências, registram aumentos impressionantes.
E não se trata aqui de tecer críticas à Polícia Militar. Não! Com um efetivo diminuto (não chega a 50 policiais), pouco equipamento e condições ruins de trabalho, não há como cobrar mais do que tem feito.
Quem deveria se mexer e cobrar o Governo do Estado são as autoridades do município, Executivo e Legislativo. Prefeito e vereadores vivem de discursos e reuniões inócuas que nunca resultaram na equação do problema. Ao contrário, o efetivo policial, que já chegou a 120 homens, foi despencando até chegar ao que é hoje.
Não sem razão, portanto, que a criminalidade continua firme e forte, apesar dos esforços da PM e daquilo que ela tem condições de fazer. Há mais de dez anos que os prefeito são cobrados, em especial Antônio Aiacyda, que gosta de dizer alto e bom som que é amicíssimo do governador. Esse grau de amizade, no entanto, parece não ser tão forte quanto ele alardeia, porque a segurança em Mairiporã praticamente inexiste. Ou ele não pede o aumento no efetivo policial e melhores condições de trabalho, ou simplesmente não é atendido pelo amigo do peito.
Residências, condomínios, comércio e os cidadãos são vítimas diárias de furtos e roubos. A sensação que a sociedade tem, é que nada se faz.
Ou o prefeito e os vereadores se mexem, de verdade, ou as estatísticas vão continuar em alta e o cidadão, mesmo atrás das grades… de suas casas, seguirá rezando para não ser a próxima vítima.