A ‘economia’ com o IPTU

A administração do senhor Aiacyda entendeu por bem fazer uma economia no sistema de cobrança do IPTU, sem ponderar as dificuldades que traria aos contribuintes. Até 2016, o IPTU era um carnê emitido no formato de cobrança bancária, que poderia ser pago até o vencimento em qualquer banco.
Em 2017, o prefeito determinou que fosse feita uma licitação para escolher os bancos que podem cobrar os impostos, só que determinou que isso se desse através de “documento de arrecadação”, sem cobrança na boca do caixa.
Isso se deveu, segundo a administração municipal, em razão do custo do procedimento ser mais barato aos cofres da Prefeitura em cerca de 50%.
Este tipo de cobrança adotado é feito somente nos caixas eletrônicos dos bancos credenciados pela administração Aiacyda: Caixa Econômica, Bradesco e Santander, que nos leva a concluir que foram os ganhadores da licitação.
Em razão dos muitos problemas causados e pela grita geral pelo não recebimento na boca do caixa, o senhor prefeito fez um adendo no contrato firmado com o Santander, banco este que detém as contas dos funcionários, para que o tributo também fosse recebido na boca do caixa.
Hoje, para o contribuinte pagar o IPTU, tem que ter conta na Caixa Econômica, no Bradesco ou no Santander, pois os demais foram alijados do processo, sendo certo que na Caixa e no Bradesco só se pode fazer uso do caixa eletrônico. Na boca do caixa, tão somente no Santander.
Ora caros leitores, não se teve a menor sensibilidade em imaginar o problema que traria a quem não tem conta nesses bancos. Ao cidadão simples, restou o risco de ser assaltado diante da necessidade de se ter, no bolso, o dinheiro tirado de sua conta para efetuar o pagamento nas lojas comerciais cadastradas para o recebimento, que também não pode ser efetuado através de cheque, já que a Prefeitura ‘criou’ o tal documento de arrecadação.
Falta com a verdade o prefeito quando diz e informa que esse tipo de cobrança foi uma exigência da Febraban. É mentira, pois a entidade não tem nenhum motivo de se opor a qualquer tipo de cobrança. Essa modalidade foi a que constou na licitação, por ser mais barata que o boleto bancário.
Será que a grande economia da Prefeitura com este tipo de cobrança dá para cobrir os custos despendidos com a criação das três secretarias e as dezenas de funcionários comissionados, ou há alguma outra razão que a própria razão desconhece?