A César o que é de César

Durante muitos anos nossa querida cidade de Mairiporã não viu a Sabesp fazer o que deveria, mesmo sob contrato, leonino diga-se a bem da verdade, e menos ainda, se é que isso é possível, quando o contrato expirou em 2009. Desse ano em diante, sua atuação em nosso município praticamente foi ‘zero’. Mas a contrapartida sempre existiu e daqui, dos consumidores, sempre levou o dinheiro pela oferta de água e esgoto, este último quase inexistente.
Nos últimos dias, quando faço o caminho entre minha residência e o centro da cidade, notei movimentação na estação de tratamento de esgoto e já próximo de minha casa uma obra na rua Maria Capeline Spada. Não resisti e fui falar com o encarregado.
As informações que obtive foram as de que na estação de tratamento de esgoto vai ser implantado um novo sistema para lidar com os dejetos, que além de deixar a água mais limpa, diminuirá muito o odor que afeta toda a região onde está instalada.
Quanto ás obras na rua Maria Capeline Spada, está sendo substituída a tubulação, por uma de oito polegadas, para levar água na caixa existente e possibilitar que o preciso líquido seja levado até a Terra Preta, além de alimentar a distribuição dos bairros vizinhos ao Jardim Spada.
Não pude evitar o espanto pela Sabesp estar em plena atividade no município, depois de anos a fio sem devolver à população aquilo que ela paga religiosamente nos quase 40 anos de concessão.
Mas cabe aqui uma verdade inconteste: a Sabesp está se mexendo em razão do novo contrato firmado com a cidade, por obra e trabalho do ex-prefeito Dr. Márcio Pampuri, que teve a coragem de tratar dessa questão como é praxe nos bons administradores. Dou ênfase a isso, para que a atual administração, que passou oito anos no poder, não queira para si os méritos, já que não fez nada, mesmo se dizendo amigo do governador que era do mesmo partido. Naquele período não fez nada porque não quis ou por interesses inconfessáveis. Se hoje a Sabesp está ativa na cidade, isso se deve ao ex-prefeito Márcio Pampuri.
Em licença poética à frase dita por Jesus nos evangelhos sinóticos, ‘A César o que é de César’, em Mairiporã, ‘A Pampuri o que não é de Aiacyda’.