Pode parecer que outubro de 2020 ainda está longe, mas politicamente falando está bem mais perto do que parece. Dissemos em editorial anterior que o xadrez político começou a mexer muitas peças assim que terminaram as eleições de outubro, ainda em seu primeiro turno.
A disputa pelo Palácio Tibiriçá daqui dois anos certamente vai ser a mais acirrada das últimas duas décadas. Desta vez, o ocupante do cargo (se tentar a reeleição) terá contra si uma administração que recebe críticas diárias da população e concorrentes que não devem, a princípio, ter ligação com a chamada ‘República de Franco da Rocha’, como ocorreu em 2016, que levou seu adversário à derrocada nas urnas, e lhe garantiram a vitória muito mais como forma de protesto do que por méritos próprios.
Alguns nomes circulam há um bom tempo como candidatos ao Paço, a começar pela oposição, que mesmo de forma tímida tem mostrado as garras, até aqui centrada na figura do ex-vereador Aladim. Nas últimas semanas também surgiu o nome do vereador Chinão Ruiz, que não é do partido do prefeito, mas que parece gozar da sua simpatia. Se confirmada a sua eleição à presidência da Câmara, dificilmente o chefe do Executivo terá como impedi-lo de se candidatar ao Paço.
E ficam algumas perguntas: o prefeito vai tentar a reeleição? Se não vai, fará a opção de lançar o filho? Ou vai mesmo apoiar o vereador? Ou sonha em juntar filho e vereador numa mesma chapa?
Seja como for, a tendência em 2020 é que tenhamos um pleito renhido, em cenário em que os ‘dinossauros’ da política local caminham a passos largos à extinção. Será uma disputa diferente, com regras nunca antes experimentadas, como a que proíbe que os partidos realizem aquela ‘patifaria’ chamada coligações, em que os espertalhões se valem dos votos dos incautos.
O tabuleiro parece pronto e as peças já começam a se movimentar.