Ainda não foi no pleito deste ano que boa parcela do eleitorado mairiporanense votou de forma consciente para escolher seus candidatos a deputado (estadual e federal). Mesmo com boas votações dadas aos parlamentares que ajudaram a cidade nos últimos dois anos, elas poderiam ter sido ainda melhores.
Para a escolha de deputado estadual, Assembleia Legislativa (foto), os 43.820 votos válidos foram absurdamente distribuidos por 924 candidatos, dos quais 90% desconhecidos do eleitor e que nunca estiveram em Mairiporã. Foi a maior pulverização levando-se em conta as duas ultimas eleições gerais (2014 e 2018).
Com uma quantidade um pouco menor, para a Câmara dos Deputados, os 45.315 votos válidos foram dados a 714 candidatos, a maioria também sem qualquer vínculo com eleitores ou com o município.
Essa prática se deve principalmente a políticos em cargos eletivos, ex-políticos, líderes partidários, comunitários e religiosos, dentre outros, que trabalham nomes sem qualquer identidade com a comunidade mairiporanense.
Aumento – Por outro lado, houve aumento na quantidade de votos obtida pelos primeiros 20 colocados, mudança até certo ponto positiva.
Para a Assembleia Legislativa (estadual), os 20 mais votados totalizaram 21.523, equivalentes a 49,11%, quase a metade do votos válidos.
Em relação à Câmara dos Deputados (federal), foi ainda melhor, com 26.609 votos nos 20 primeiros, cerca de 58,7% do total de válidos.
A expectativa é que a escolha de alguns eleitos para atuarem como representantes da cidade nas duas casas legislativas, resulte positivamente no envio de recursos, o que certamente vai refletir com maior ênfase nas eleições de 2026, no total de votos de cada um deles. (Salvador José/CJ – Foto: Antônio Cruz/ABR)