Coluna do Correio

SESSÕES

Depois de longas férias de 46 dias, com salários pagos regiamente, os vereadores retomam as sessões na próxima terça-feira. Se as fontes que garantiram ao Correio Juquery que as composições em plenário mudaram, a coisa promete bastante. De certo modo, um novo quadro era esperado no comportamento dos senhores edis. A prática é velha, assim como os hábitos dos políticos.

BASTIDORES

A movimentação dos vereadores foi intensa nos últimos dez dias. Ano eleitoral tira o sono de quem tem mandato, principalmente depois de três anos de ‘mais do mesmo’, ou seja, a maioria não teve coragem de recusar a cartilha que o Executivo entregou lá atrás, no início de gestão. E também porque até agora niguém tinha ido além da página 2. Pela movimentação e o anúncio de mudanças que ocorreram nos dois grupos (o que tinha 9 agora tem 6) e composto por 4 agora contabiliza 7, é sinal de que resolveram ir além da segunda página.

PARTIDOS

O tabuleiro político em Mairiporã começa a ter movimentação em suas peças. Até o prazo final para filiações, desfiliações e o troca-troca de vereadores, muitas serão as mudanças. Vale tudo em eleição, só não vale perder.

CENTENAS

Conversas aqui e ali revelam que todos os 30 partidos da cidade prometem lançar candidatos a vereador nas eleições de outubro, com chapas completas. Isso significa que se verdadeiras as intenções, teremos 600 nomes à disposição dos eleitores, que desde já são as pessoas mais importantes do universo. Retrato do fim das coligações partidárias.

A FAMÍLIA

Quando perguntado se vai ser candidato à reeleição, o prefeito Aiacyda responde que está pensando, pois a família não quer mais que ele concorra. O amigo leitor acredita? Nem ele! Vai ser candidato, não quer largar o ‘osso’, não só ele, como também alguns de seus familiares.

NEPOTISMO

É grande a expectativa sobre a votação, logo no primeiro dia de trabalho em plenário, na terça-feira, 4, do projeto sobre nepotismo, de autoria do vereador Wilson Sorriso. Muita gente incomodada com a situação, pois há vereadores com parentes trabalhando no terceiro setor, que recebe dinheiro dos cofres da Prefeitura. Ou seja, se o projeto passar, essa gente vai engrossar a fila de quem está à procura de emprego. A primeira dama, ciente do fato, pegou o boné no final do ano passado. Nos bastidores tem vereador trabalhando para ver se consegue evitar a degola dos familiares.

PAUTAS

O presidente da Câmara, Ricardo Barbosa, dentre inúmeras questões que tem como meta para este ano, dentre elas acabar com a vergonhoso inchaço da Comissão de Licitação, que pode lhe custar a reprovação de contas, poderia copiar o bom exemplos das cidades vizinhas e disponibilizar no site oficial, às sextas-feiras, as pautas das sessões das terças-feiras. Seria bom para a imprensa divulgar e mais salutar ainda para pôr fim às improvisações observadas nos anos anteriores.

QUESTÃO DE BERÇO

A placa denominativa do Hospital Anjo Gabriel, colocada no prédio construído e entregue à população em 2016, com custos de mais de R$ 9 milhões, foi parar no lixo, conforme foto na primeira página desta edição. Impossível imaginar (e seria muita cara de pau) do atual governo alegar que não sabia dia. Não só sabia, como não fez nada para evitar que a obra construída pelo antecessor chegasse ao estado em que se encontra. Fica evidente que entre as administrações de 2013/2016 e 2017/2020, há uma diferença descomunal de berço.

E O AME?

A novela sobre a instalação do AME em Mairiporã parece que terá muitos capítulos ainda. E pelo que se pôde depreender dessa história, ao menos até agora, é que isso não vai ocorrer este ano, ou seja, no governo do senhor Aiacyda. Muita conversa, muito papo furado, muita promessa, muitos anúncios festivos do grupo de vereadores que apoia o prefeito, enfim, salamaleques além da conta. Mas AME, mesmo, que é bom, nada! Até o vídeo em que o burgomestre aparecia para falar sobre o assunto, foi retirado. Ou seja, o povo ficou sem o AME e sem o Hospital Anjo Gabriel. Como suas ‘excelências’ municipais tem planos de saúde em hospitais particulares, quem precisa da saúde pública que se vire como puder. Essa novela gera um trocadilho infame, mas verdadeiro: ‘AME, ou deixe-o’.

SITE

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