Coluna do Correio

FRASE

“O azar não existe; Deus não joga dados.” (Albert Einstein, físico alemão)

 SERVIDORES

Se algum dos servidores municipais que folgaram durante a segunda-feira, dia dedicado à categoria, esperava um ‘presente’ para comemorar a data, como por exemplo o envio de um Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) à Câmara, se decepcionou mais uma vez. A promessa do prefeito Aiacyda sobre esse tão aguardado plano vai ficar mesmo na promessa. No final deste ano ele completará 11 anos à frente da Prefeitura e em todo o período não se incomodou com essa questão, exceção feita a 2012, quando fez aprovar no apagar das luzes, um PCCS absurdo, certamente para complicar a vida de seu sucessor, que não viu outra alternativa a não ser revogá-lo, pois iria ‘quebrar’ a Prefeitura.

SERVIDORES (II)

Quem conhece o prefeito sabe perfeitamente que ele não dá a mínima aos funcionários (exceção feita aos cabos eleitorais e apadrinhados sugando o dinheiro público em cargos de comissão), assim como tem desprezo ao Legislativo, mas que é obrigado a suportar para garantir a governabilidade. Isso significa que dificilmente haverá PCCS nesta gestão. Há uma chance mínima em 2020, ano eleitoral, pois ele sonha com um quarto mandato.

INDÚSTRIA

Impressionante o volume de dinheiro arrecadado pelo governo Aiacyda com multas de trânsito. O leitor imagine se Mairiporã tivesse, por exemplo, a população de Atibaia. O volume com autuações certamente seria o dobro. São R$ 10 milhões em dois anos e nove meses no cargo. O mais injtrigante é saber onde foram investidos esses milhões todos, que segundo a lei, deveriam ser revertidos no trânsito, especialmente em campanha educativas. Por enquanto ninguém nem ouviu falar em campanha, excetuando-se, claro, a Semana Nacional de Trânsito, o que certamente não consumiu os R$ 10 milhões nos quase três anos à frente da Municipalidade. Seria oportuno Aiacyda vir a público e dar explicações. Mas não vai fazê-lo. Não interessa a ele nem a seu grupo político.

BÓLIDOS

A Câmara fez publicar, inclusive neste jornal, aviso de tomada de preço para a aquisição de três novos veículos. Segundo a justificativa, para renovar a frota. De fato os três veículos que servem ao Legislativo já estão bem velhinhos. E menos mal que são apenas três, pois o Tribunal de Contas botou fim na farra de vereadores contarem com um veículo por gabinete além dos respectivos motoristas. Dentro em breve a Câmara estará com bólidos novinhos em folha desflindo pelas ruas da cidade.

DEMOCRACIA DE OCASIÃO

Os nove vereadores que integram a tropa de choque do prefeito Aiacyda na Câmara, são mais previsíveis do que se imaginava. A questão agora é uma palavrinha que muitos consideram ‘mágica’, mas que está longe disso. Os 9 fiéis edis rejeitaram um requerimento do vereador Doriedson, que pedia ao prefeito informações sobre o total de imóveis alugados pela Municipalidade e os valores gastos mensalmente com cada um deles. Adredemente instruídos, rejeitaram o requerimento, ou seja, a tropa não está interessada em levar essa importante informação ao povo de Mairiporã.

DE OCASIÃO (II)

Depois da recusa, a tal da democracia entrou em campo. Os oposcionistas, com razão, disseram a recusa de um dever de ofício do os vereadores, era anti-democrático. A tropa de choque, ao contrário, disse que democracia era respeitar o resultado verificado em plenário. Ou seja, a democracia de ocasião. Quando interessa aos nove parlamentares com uma ‘permanente’ para acesso ao gabinete do burgomestre, vale a democracia deles. Vergonhoso.

JUDICIÁRIO

O vereador Doriedson deve procurar o Poder Judiciário e obrigar o prefeito a informar quantos imóveis estão alugados e quanto isso custa ao bolso do contribuinte mairiporanense. Sabe-se que são muitos os imóveis, e que a soma dos alugueis daria para comprar um imóvel, pelo menos a cada dois meses, segundo cálculo feito a grosso modo.

DE LONGE

Não são poucos os segmentos organizados da sociedade que reputam a atual composição da Câmara como a pior de todos os tempos. E não foram poucas as legislaturas ruins ao longo da história da cidade. Mas a atual ganha de longe de todas as outras. Representatividade muito aquém do esperado.

TROCO

A maioria dos senhores edis não perde por esperar. É bom aproveitar o tempo que resta, porque o povo vai dar a resposta nas urnas. A maioria, segundo a voz das ruas, vai ter que procurar emprego em 2021.

OS RATOS

É bom o alcaide ficar de olhos bem abertos em sua tentativa de reeleição. Se mais à frente o barco continuar à deriva, como está, os ratos vão ser os primeiros a pular fora. E em matéria de ratos, o prefeito não pode reclamar. Tem aos montes.

RECEITA

Cabe aos governos da União, do Estado e das Prefeituras corrigirem uma infeliz ideia que há muito tempo move alguns políticos e gestores públicos: a ilusão de que o dinheiro público é inesgotável. Receita que nenhuma das instâncias governamentais adota.

DIMINUIR A MAMATA

Relatorda PEC 12/2019, o senador Oriovisto Guimarães quer a redução do número de congressistas. O Senado Federal, que tem 81 senadores, reduziria em um terço e ficaria com 54 e a Câmara Federal, hoje com 513 deputados, ficaria com 342. Ele chama de “sala de loucos” o Congresso e o STF. Guimarães incluiu na PEC a redução, também em 1/3, dos deputados estaduais. “Isso seria um bem para o País, pois reduziria as chances das negociatas, do toma lá dá cá, do número de partidos políticos e daria mais transparência para a população acompanhar as ações dos congressistas”, disse. O grupo “Muda Senado, Muda Brasil” é formado por 21 senadores e tem como objetivo cobrar atitudes do presidente do senado, Davi Alcolumbre, principalmente quanto à CPI da Lava Toga, além de dar visibilidade a temas de grande repercussão nacional.