O TOTAL de pessoas inadimplentes (com contas em atraso) permaneceu no mesmo patamar em setembro: 62,4 milhões, que significam 40,6% da população adulta. O levantamento foi feito pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), em parceria com o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC). Na comparação com setembro do ano passado, os inadimplentes aumentaram em 3,9%.
O desemprego elevado e a renda ainda abaixo dos patamares anteriores à crise seguem como os principais fatores que impedem a capacidade de pagamento dos consumidores e, segundo a CNDL, o quadro será revertido se houver melhora do mercado de trabalho, o que ocorrerá na esteira da recuperação econômica.
O balanço abrange desde dívidas bancárias – como faturas atrasadas de cartão de crédito e empréstimos bancários não pagos – a crediários abertos no comércio e dívidas com empresas que prestam serviços de telefonia, TV por assinatura e internet.
Na comparação com setembro de 2017, as dívidas bancárias – entre cartão de crédito, cheque especial e empréstimos – subiram 8,5% no mês passado, a alta mais expressiva. Já o número de brasileiros que atrasaram pagamento de crediários no comércio mostrou queda de 6,1%. Nas contas de serviços básicos, como água e luz, houve queda de 1,1% no total de consumidores em atraso.