Coluna do Correio

FRASE
“Todo homem que se vende recebe muito mais do que vale.” (Aparício Torelly, o Barão de Itararé, jornalista e pioneiro no humorismo político)

EXTRA
Analistas econômicos orientam, principalmente em tempos de Black Friday e Natal, que o salário extra de dezembro seja gasto com muita parcimônia. Em especial, recomendam que dívidas sejam pagas e uma parte vá para a poupança. Só depois disso é que se deve pensar em presentes.

AS CRÍTICAS
Analistas políticos esperavam as primeiras defecções na base parlamentar do prefeito apenas para meados do ano que vem. Mas a coisa já começou a desandar nas últimas semanas. O vereador Doriedson Freitas não economizou nas críticas ao Executivo na sessão de terça-feira, e foi seguido por outros colegas. O vereador foi cirúrgico ao apontar o modo ineficiente como trabalham as secretarias municipais, em especial a de obras, comandada pelo filho do alcaide, sem qualquer planejamento. Se disse envergonhado de ter que discutir ou indicar questões do tipo corte de mato, cascalhamento e patrolamento de ruas, operação tapa-buracos e outras situações igualmente constrangedoras. Quem conhece os vereadores se surpreendeu. Na cabeça de alguns deve ter acendido a luz amarela, pois dois anos se passaram e a cidade continua com os problemas de sempre, e a atuação legislativa no mesmo diapasão. Ao que parece, nem mesmo os cargos para apadrinhados políticos estão fazendo a diferença. Seria muito bom se fosse verdade. A prudência, no entanto, recomenda esperar mais algum tempo para saber se foi uma crítica consciente, ou um arroubo momentâneo.

INSATISFEITOS
A escolha do próximo presidente da Câmara, que parece restrita a dois nomes, está sendo interpretada nos bastidores como um gesto de pressão da base. Quando da eleição do atual presidente, Marco Antônio, não houve disputa em plenário, apenas uma espécie de aclamação. É fato que muitos dos parlamentares que apoiam o prefeito estão se sentindo insatisfeitos com o tratamento que recebem do Executivo.

FOGO
O poder de fogo dos vereadores praticamente não existe e por isso mesmo não se vislumbra nenhuma ação que possa ser chamada de ‘oposição’. Até aqui o que se viu foi um governo se sentindo cada vez mais confortável, sem embates com o Legislativo.

NOMES
Com esse quadro político na Câmara, que a coluna já destacou em outras oportunidades, é difícil algum parlamentar se atrever numa disputa a prefeito em 2020. O cacife político é praticamente zero e o eleitoral é baixo. Sem se falar no financeiro.

DEVAGAR
Das últimas cinco sessões legislativas, em pelo menos três não houve pauta para discussão e votação de projetos oriundos do Executivo. Com a chegada do final de ano, resta apenas a LOA (Lei de Diretrizes Orçamentárias), que será discutida até 11 de dezembro, última sessão do ano.
APROVADA
Os vereadores aprovaram as contas do ex-prefeito Márcio Pampuri, relativas a 2016, último ano de sua gestão. Dessa forma, ele teve aprovadas suas quatro contas.
PARCELA
Nos corredores do Paço corre solta a conversa de que o Refis, aberto recentemente para receber dívidas em atraso do contribuinte com a Prefeitura, é uma espécie de ajuda para que o governo municipal consiga pagar a segunda parcela do 13º salário aos servidores. Segundo informações obtidas pela coluna, o mês de outubro teve boa presença dos endividados repactuando tributos, em especial o IPTU.
VACINA
Seria prudente a Prefeitura retomar a campanha de vacinação contra a febre amarela, antes que o verão chegue. O próprio Ministério da Saúde já fez essa recomendação. Fica o registro, pois os prefeitos de Mairiporã têm o péssimo hábito de colocar a tranca na porta só depois da casa roubada. Epidemias de dengue e febre amarela são exemplos de que é preciso acordar o Executivo antes de novos registros de mortes.