Coluna do Correio

FRASE
“Quem quer vencer um obstáculo deve armar-se da força de um leão e da prudência da serpente.” (Píndaro, dramaturgo, poeta grego)

PROMETE
2019 promete ser um ano extremamente político na cidade. Pré-eleitoral, acende o sonho de muita gente em se candidatar a uma cadeira no Legislativo e, os que detêm mandato, de alcançar o Executivo. Não será surpresa se os que foram eleitos pela oposição se lembrarem disso e imprimir novo comportamento na Casa de Leis. Não é fácil, muitos dependem dos cargos que têm na Prefeitura, onde se encontram alojados centenas de cabos eleitorais, compadres, correligionários e os espertalhões de sempre. Há até quem aposte que ‘defuntos’ vão ser ressuscitados. Ano que vem promete.

ELEIÇÃO (I)
A escolha do presidente da Câmara pode ir do céu ao inferno em segundos. Como não há reeleição, apenas Marco Antônio está fora da disputa. Os outros doze podem pleitear o cargo. Mas, pela movimentação das últimas semanas, dois despontam entre os demais para comandar o Legislativo: Ricardo Barbosa, tucano, e Ricardo Ruiz, do PSD. Claro que o peso do prefeito vai contar, mas existem arestas a serem aparadas. Depois da déblâcle eleitoral de outubro, recomenda-se ao prefeito cautela nessa escolha.
ELEIÇÃO (II)
Se o prefeito optar por Ricardo Ruiz pode abrir caminho para a disputa da Prefeitura em 2020. O vereador, em inúmeras oportunidades, deixou clara a intenção de buscar o Palácio Tibiriçá o mais rapidamente possível, pois a função de vereador é restrita e não encanta quem por ela passa ao menos uma vez.
PREOCUPADOS
Alguns líderes partidários, em conversas pelos corredores da Câmara, já deixaram patente a preocupação com as eleições de 2020. Sem coligações, a briga vai ser feia e muita gente boa de voto pode ficar à margem da próxima configuração do parlamento municipal.
PREFEITURÁVEIS
Pelo clima que se estabeleceu na cidade após as eleições do mês passado, não será surpresa se pelo menos dois vereadores colocarem seus nomes como prefeituráveis, Ricardo Ruiz (PSD) e Nil Dantas (PV), que vão se juntar ao ex-vereador Aladim (PR) e possivelmente ao filho do prefeito, cujo partido ainda ninguém sabe: PSDB ou PSB. A esse grupo junte-se os ‘nanicos’ de sempre e teremos um cardápio para atender todos os gostos. Dos nomes acima, com muita antecipação, o ex-vereador Aladim (PR) colocou o bloco na rua, mesmo tendo saído recentemente da disputa pela Câmara dos Deputados.
PELO CAMINHO
Alguns vereadores que se julgaram brilhantes em suas atuações no decorrer dos anos, e se aventuraram na disputa pelo Palácio Tibiriçá, quebraram a cara. Outros tantos, que sonharam com o cargo, não reuniram cacife suficiente e vão encerrar carreira no próprio Legislativo, se conseguirem a reeleição.
REPROVADAS
Os vereadores que ocuparam a presidência da Câmara desde 2005 tiveram suas contas rejeitadas. Exceção feita a Glauco Costa, entre 2007 e 2008. Não passaram pelo crivo do Tribunal de Contas os presidentes João Ferreira Lopes (falecido este ano), Valdecir Odorico Bueno, Eduardo Pereira da Silva (Du), Éssio Minozzi Júnior e Marcinho da Serra. A expectativa agora é saber se Marco Antônio, que deixa o posto em dezembro, vai engrossar esse rol dos reprovados.
DISPUTA
Com a mais que provável saída do prefeito do PSDB, alguns grupos políticos da cidade já se assanham em ficar com o partido. E tem de tudo nessa disputa: ex-tucanos da velha guarda, tucanos novos e amigos de última hora do governador eleito, João Dória. Nos bastidores da executiva estadual, no entanto, comenta-se que o PSDB de Mairiporã vai ficar sob o comando do ainda deputado Celino Cardoso.
FICÇÃO
A discussão (?) do projeto de Lei Orçamentária Anual, que deve ocorrer no início de dezembro, fez com que alguns vereadores, inclusive da base do prefeito, enfatizassem que a proposta é ‘ficcional’, pois o governo pode mudar o que bem entender com transposições.