O jornalista e historiador esportivo Wagner Azevedo não só comemorou neste 1º de maio seu aniversário de nascimento, mas também 50 anos de carreira no jornalismo. Desde criança se interessou em escrever e passou por jornais impressos nas suas mais diferentes fases, desde a criação de textos em laudas de papel datilografadas, para composição em máquinas de linotipo (à chumbo), passando pela máquina de escrever elétrica de esfera, os primeiros computadores (os modelos 486 e Pentium eram top de linha nos anos 1990), até a quinta e atual geração, com todos os recursos inesgotáveis para trabalhar em qualquer espaço.
O início se deu em Bragança Paulista, em 1975, como chefe de redação do então recém-criado jornal Folha de Bragança. Em seguida foi para a Folha de S. Paulo, Diário Popular, rápida passagem pela Revista Realidade (que depois passou a se chamar Veja), três meses no Jornal do Brasil, no Rio de Janeiro e, de volta a Bragança, no jornal A Voz de Bragança e Rádio Cultura, e ainda hoje segue na imprensa bragantina, onde é editor de esportes do jornal Gazeta Bragantina.
A carreira também foi construída, muito por teimosia, através de assessorias de imprensa nas prefeituras de Bragança, Caieiras e Mairiporã (nesta última, no Executivo e Legislativo).
Segundo o aniversariante, talvez a maior certeza da carreira seja afirmar que tudo valeu a pena e que não se arrepende de nada.
Em Mairiporã chegou em 1981, para trabalhar no jornal Tribuna de Mairiporã, cuja responsável era Maria Zeza Gomes de Oliveira. Em 1982 ajudou a criar o Cidade de Mairiporã, juntamente com Antônio Odair Oliveira Nascimento (Preto) e chegou ao Correio Juquery, em sociedade com o amigo e compadre Marcos Roberto Borges.
Ao comemorar também 71 anos de vida, iluminados pelo olhar profundo de quem já enfrentou poucas e boas na profissão, jamais pensou em desistir, mesmo nos anos mais difíceis, como os atuais, em que a mídia impressa segue sendo feita apenas pelos resilientes, verdadeiros heróis.
Os desafios foram muitos, especialmente no campo político, quando se viu obrigado, muitas vezes, a aguçar o instinto de repórter para contar as histórias reais da cidade, sem beneficiar quem quer que fosse.
Foi atrás de novos conhecimentos, atravessou portais desconhecidos e nunca se permitiu desistir do show do mundo noticioso. Também diz com orgulho, que jamais se curvou aos interesses dos poderosos.
Poucos, raros mesmo são os que conseguem comemorar 50 anos na mesma profissão, com talento, profissionalismo, dinamismo e vontade de fazer, com a alma voltada para a estrada em que houver tinta e papel, até quando Deus permitir.
Desde a longínqua redação em 1975, nosso aniversariante traz na memória todos os eventos que marcaram sua carreira e vida, pois é um ser humano que ama os seus, que ajuda o próximo e os amigos com quem gosta de conviver.
O aniversário, porém, é triplo, pois chegou em Mairiporã justamente num 1º de maio, há 44 anos. E aflora o desejo de todos da redação e administração do Correio Juquery, em continuar a tê-lo como comandante desta profissão teimosa e desobediente, movida por inesgotável curiosidade e a vontade de contar histórias.
(Equipe de redação)