Coluna do Correio

FRASE
“O dinheiro mais ilegal é o salário de um funcionário público sem concurso.” (Pensamento indiano)

ESTÃO CHEGANDO
Pelo calendário eleitoral os partidos e seus candidatos já começaram a pedir votos desde quinta-feira, 16, embora todos saibam que, na prática, isso vem ocorrendo desde o começo do ano, quando decidiram se candidatar. Isso significa dizer que os paraquedistas estão chegando e o eleitor deve se preparar, porque vai ser um enchimento de saco sem tamanho. Quem atender a porta pode dar de cara com candidatos e seus cabos eleitorais, muitos dos quais, vereadores. Só para lembrar, a corriola vai invadir a sua programação de TV a partir do dia 31 de agosto.

TODA SEMANA
Inacreditável o número de pessoas que disputaram vagas nos concursos abertos pela Prefeitura e que desistem dos cargos uma vez convocados. Toda semana a Imprensa Oficial publica um calhamaço de desistências e novas convocações para praticamente todas as vagas disponíveis. Nem mesmo médicos convocados atendem ao chamado. Um vexame! Claro que isso está diretamente ligado aos vergonhosos salários pagos aos servidores efetivos, enquanto os comissionados se fartam de forma nababesca. E cabe a pergunta: Algum comissionado, que a Prefeitura tem às pencas, desiste da ‘boquinha’?
CLIMA HOSTIL
Há sim, na Câmara, um ambiente hostil entre alguns vereadores. Publicamente (entenda-se sessões semanais) se comportam como se tudo corresse às mil maravilhas. Mas a história não é bem assim. Quanto mais o tempo passa, mais evidente fica a antipatia recíproca. No próximo ano, pré-eleitoral, a coisa deve descambar de vez e expor de forma pública a hostilidade.
BICO FECHADO
A Prefeitura, ou melhor, o prefeito Aiacyda, não se manifestou sobre as pauladas que recebeu do líder do partido, Ricardo Vieira, na primeira sessão do segundo semestre. O homem não economizou no vocabulário e disse o que muita gente gostaria de dizer. Falta gestão na Prefeitura, a cidade patina em muitas questões e anda como tartaruga em outras. Tucanada anda de bico fechado.
PERGUNTA
Uma questão está a despertar a curiosidade da população. A pergunta é feita diariamente: o que foi feito do vice-prefeito, Eduardo Yokomizo?
REPERCUSSÃO
A reportagem deste jornal na última semana foi uma das mais lidas e elogiadas dos últimos tempos: a Avenida Tabelião Passarella. A principal via da cidade está abandonada e sem perspectiva de que seu estado de deterioração seja recuperado em pouco tempo. E já que o assunto é via pública, calçadas em toda a região central também dificultam a via dos pedestres. Mato, buraqueira e desníveis para todos os gostos.
FALTOU CORAGEM
Logo ao assumir a Prefeitura, do alto de seus 23 mil votos, o prefeito ensaiou lançar o filho, titular da secretaria de Obras, como candidato a deputado federal. Bastaram alguns meses para desistir da ideia. O governo municipal está muitíssimo mal avaliado pela população. Depois da ‘paulada’ na taxa de lixo, que aumentou, na pior das situações, 40%, agora o prefeito começa a cobrar um IPTU extra. Faltou coragem para lançar o filho, mas sobrou vitalidade de sangrar o contribuinte.
CABOS ELEITORAIS
Os tucanos que deixaram o PSDB logo após as eleições de 2012, por divergência com os ‘donos’ do partido, e ensaiaram chegar ao poder através do PP nas eleições de 2016, agora arregaçam as mangas em busca de votos para a assessora do deputado Celino Cardoso, que é candidata na vaga do chefe. Celino, como a coluna divulgou na semana passada, não vai tentar novo mandato. Em 2014 os ex-tucanos de alta plumagem patinaram no enfrentamento com aqueles que ficaram no ninho. Celino fez 5 mil votos e Capez 4.800. O que ainda fez alguma coisa pela cidade está de saída, e o outro nunca pisou por aqui.
BOAS CHANCES
O único candidato a deputado por Mairiporã em condições de sonhar com a vitória é o ex-vereador Aladim. Tem trabalhado com afinco nas cidades da região, nas igrejas evangélicas e se filiou ao partido certo, o PR. É lá que está o puxador de votos, Tiririca, que nos dois últimos pleitos arrastou companheiros com pouca votação. Portanto, Aladim, se a cidade entender que deve ter um representante a trabalhar por ela, tem boas chances.
NOTURNA
Mairiporã é uma das poucas cidades em que as sessões da Câmara acontecem no período noturno. Um retrocesso que gera mais despesas aos cofres públicos. Certamente os vereadores não estão preocupados com essas despesas, que saem do bolso do contribuinte. Mas tocar no assunto nas dependências legislativas é proibido. À noite, conclui-se, o povo não tem como acompanhar o ‘desempenho dos seus representantes’, pois a maioria está vendo televisão. Provas disso são a presença de público em plenário e os números registrados pelo site da Casa de Leis.