Coluna do Correio

FRASE
“Com leis ruins e juízes bons ainda é possível governar, mas com juízes ruins as melhores leis não servem para nada.” (Otto Von Bismarck, diplomata e político prussiano)

SEMESTRE
O segundo semestre na Câmara de Vereadores será pautado por apenas dois assuntos: a discussão e votação do Orçamento da cidade para 2019, o que não deverá gerar nenhum tipo de problema ao prefeito, que tem maioria folgada em plenário, e a escolha de um sucessor para o atual presidente da Casa. Aí a coisa pode pegar, embora os mais experientes digam que nada vai mudar pois a maioria tem o rabo preso com o prefeito, que em outras palavras significa ‘cabos eleitorais empregados em cargos comissionados na Prefeitura’. Mesmo assim existe a curiosidade de saber quem será o sucessor. Poucos têm o perfil que uma Câmara exige. E nunca é demais lembrar que todos os presidentes que passaram pelo Palácio Tibiriçá, desde 2011, tiveram suas contas rejeitadas. Alguns já ficaram impedidos de disputar eleições, e outros vão experimentar isso no pleito de 2020.

CONVENÇÕES
Uma nova fase na campanha eleitoral deste ano teve início ontem, com a abertura de prazo para a realização de convenções dos partidos na escolha de candidatos, prazo que vai até 5 de agosto. O registro de candidaturas termina em 15 de agosto. Em outubro, o eleitor escolherá presidente da República, governador de Estado, deputados estadual e federal e senador – neste último, dois candidatos. A campanha começa em 16 de agosto, quando os candidatos poderão, de fato, pedir votos e distribuir material e pouco depois começa a propaganda eleitoral no rádio e na televisão.
CONTATOS
E a partir de hoje os ungidos pelas convenções e ainda os pré-candidatos não oficializados, devem intensificar contatos visando a angariar apoios e estreitar relação com os eleitores. Estes, devem se preparar, pois os finais de semana serão de muitas visitas e cafezinhos.
ÚNICO
Já dissemos neste espaço que o ex-vereador Aladim (PR) se diz candidato a deputado federal, porém nunca emitiu nota oficial confirmando essa disposição. Não estaria na hora? Fora ele, da terra, ninguém mais. E pelo ritmo observado até o momento, a maioria dos políticos deve apoiar os paraquedistas que sempre aparecem a cada quatro anos.
PROCURA
Do alto dos seus 23 mil votos que o elegeram a prefeito em 2016, o prefeito Antônio Aiacyda já começou a ser procurado por candidatos interessados em seu apoio junto ao eleitorado mairiporanense. Da última vez que emprestou apoio, o candidato levou daqui 5 mil votos para deputado estadual e nunca mais dele se ouviu falar, exceto por supostamente estar envolvido em uma maracutaia sobre merenda escolar no Estado. Recursos para a cidade, o tal deputado não enviou nem uma mísera moeda. Como a maioria do colégio eleitoral é formada por incautos, nada impede que o fato se repita nestas eleições.
BLOCO
A Prefeitura resolveu colocar seu ‘bloco’ na rua e intimar os proprietários de veículos que estão abandonados pelas ruas da cidade. Não vai ser tarefa fácil, pois se trata de uma frota volumosa, se computadas as publicações feitas através da Imprensa Oficial do Município. Quando encontrado, o proprietário do bólido tem 7 dias para removê-lo ou será guinchado a um pátio que não se sabe onde é. Haja pátio.
CRIANÇAS
Está faltando vaga em creches na cidade. Segundo listagem de inscritos publicada pela Prefeitura, são mais de 400 crianças à espera de um local para ficar e permitir que os pais possam trabalhar. Aliás, as reclamações sobre a falta de creches são cada vez maiores. O ritmo do governo municipal nessa área é tão lento, que se assemelha ao andar de uma tartaruga obesa.
ASSEMBLEIA
Partido que elegeu o maior número de deputados em 2014 para a Assembleia Legislativa de São Paulo, 22 no total, o PSDB entra na disputa deste ano com 1,7 milhão de votos a menos. Alguns trocaram de partido na janela de abril, outros desistiram da carreira, como o presidente regional dos tucanos, Pedro Tobias, um foi cassado e mais alguns por motivos não explicitados. Se eleito, Dória pode não ter maioria no Legislativo paulista.
COLCHÃO
A Receita Federal e o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), juntamente com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), unem esforços para fiscalizar suspeitas de uso de dinheiro vivo para caixa 2 de campanha nas eleições. Pela primeira vez, os três órgãos vão atuar preventivamente para investigar crime de lavagem de dinheiro de candidatos e doadores por meio do uso de recursos em espécie. A suspeita é de que candidatos façam declarações falsas à Justiça Eleitoral e ao Fisco, informando possuir valores em espécie em casa que, na verdade, não possuem. É o chamado “colchão” para lavagem. Para investigadores, casos assim podem configurar “pré-lavagem de dinheiro”.
MASSA FALIDA
A pergunta que se faz nos meios políticos, depois da pauta-bomba apreciada pelo Congresso, é que tipo de massa falida o presidente eleito vai administrar a partir de 2019. Acredita em mágica ou, no caso de alguns tipos, imagina que sempre restará o que saquear? Enquanto isso, os pré-candidatos discutem alianças e negociam minutos de TV.