4 anos após a Lei do Saneamento coleta de esgoto em Mairiporã é mínima

O SANEAMENTO básico em Mairiporã continua o mesmo há mais de 30 anos. Mesmo após a entrada em vigor da Lei do Saneamento, em 2013, a coleta de esgoto na cidade é mínima, em torno de 38% segundo dados da Fundação Seade. No quesito tratamento de dejetos, esse percentual é infinitamente inferior. A lei
É um dos setores que recebe o menor volume de investimentos, muito abaixo das necessidades do município e sem nenhuma participação do setor privado, através de parcerias.
A rede de esgoto em Mairiporã foi construída na gestão do prefeito Aloísio Salotti, entre 1973 e 1976, portanto há mais de 40 anos, e desde então não se construiu um metro sequer. O distrito de Terra Preta, cuja população chega próxima dos 30 mil, não há rede de esgoto. Existem promessas, porém elas ficam esquecidas logo após as eleições. No município a responsabilidade pela gestão do saneamento básico é da Sabesp, concessionária do serviço.
Pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNO) aponta que o segmento recebeu menos de 10% do total de gastos em obras de infraestrutura feita no País entre 2007 e 2014, bem atrás de outros setores.
Sabesp – A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) é a responsável pela gestão desse setor em Mairiporã, desde 1967.
Foi durante a vigência do primeiro contrato, de 30 anos, que a rede de esgoto, apenas no centro da cidade, foi construída. Seguiram-se mais seis anos sem contrato até que um novo fosse firmado, em 2015. E nada foi investido em esgoto depois de 1976.
Especialistas dizem que é necessária maior vontade política para tratar de uma questão vital como o saneamento e que sejam cumpridos pontos já regulamentados pela lei.
O novo contrato assinado entre a Prefeitura e a Sabesp prevê investimentos superiores a R$ 275 milhões durante 30 anos. É urgente que os governantes municipais cobrem celeridade no processo de ampliação da coleta e do tratamento do esgoto. Apenas um terço da população goza desse benefício.