Coluna do Correio 27/10/2017

FRASE
“Se uma sociedade livre não pode ajudar os seus muitos pobres, tampouco poderá salvar seus poucos ricos.” (John Kennedy, ex-presidente dos EUA)

COINCIDÊNCIA?
É voz corrente que no mundo político nada acontece por acaso. Portanto, coincidências não existem. Para uns ganharem, outros perdem. Carros para inúmeros setores da administração Aiacyda foram alugados e todos com placas da cidade de Santana de Parnaíba, justamente onde o genro do alcaide é secretário da Administração. Tomando-se como verdadeira a afirmação de que no mundo político não existem coincidências…

ONDE ESTÃO?
Pergunta feita por alguns segmentos da sociedade: “Onde andam alguns derrotados nas eleições passadas? Onde estão os prefeituráveis eternos? Onde andam as viúvas dessa gente? Desapareceram?” Certamente andam por aí feito ectoplasmas aguardando oportunidade para aparecer.
A MELHOR
Depois do levantamento feito pela reportagem deste jornal sobre o melhor prefeito da história política da cidade, em que houve empate técnico entre Sarkis Tellian e Luiz Chamma, o jornal publica nesta edição a enquete sobre a melhor composição legislativa de todos os tempos. O resultado, para quem tem mais intimidade com os bastidores da política, era previsível, diante da mediocridade reinante em 90% daqueles que passaram pela Câmara. A melhor composição, disparada, foi a do período 2009/2012. Os números completos estão nesta edição.
PREVENÇÃO (I)
Diz um dos mais antigos ditos populares que ‘prevenir é melhor que remediar’. Cidades vizinhas já estão com planos em andamento à espera das chuvas em novembro, que podem causar estragos de grande monta, e da dengue, que pode afetar milhares de pessoas. Em Mairiporã, por enquanto, não se ouviu falar nada. Até porque a Secretaria da Saúde, além de ‘esconder’ dados relativos às campanhas de vacinação, tem o péssimo hábito de não divulgar nenhum tipo de ação pública.
PREVENÇÃO (II)
Desde que o governo Aiacyda assumiu, apenas uma pequena nota, no site oficial da Prefeitura, discorreu sobre ação da Defesa Civil. Dizia a nota, de 29 de agosto: “Nesta semana a Prefeitura, através da Defesa Civil, realizou ações de prevenção em alguns bairros. Barrancos do Henrique Martins, Vila Carpi e Pinheiral receberam cobertura plástica para evitar deslizamentos em virtude das chuvas. Além da prevenção com lonas, a Defesa Civil realizou a retirada de bananeiras em muitos barrancos. As bananeiras retém a água das chuvas, o que as deixam mais pesadas, facilitando deslizamentos”.
PREVENÇÃO (III)
O texto acima, com todas as barbaridades cometidas contra a língua pátria, é de responsabilidade da assessoria de imprensa da Prefeitura, e exprime com inequívoca clareza o que nos espera se tivermos que enfrentar um período chuvoso.
PREVENÇÃO (IV)
Há muito tempo, através de inúmeras reportagens, este jornal cobra da Municipalidade a divulgação, que deveria ser ampla, das áreas de risco existentes na cidade. Essa cobrança vem desde 2015 e não se sabe o motivo do silêncio. Ou tem ouro e pedras preciosas nessas áreas ou a explicação que resta é uma gigantesca incompetência das autoridades, em especial as da área ambiental.
CRÉDITO
A Prefeitura, nos últimos meses, tem feito uma enxurrada de aberturas de crédito adicional ao orçamento vigente. O suplemento nas verbas é, na verdade, um remanejamento do dinheiro público entre os setores da administração, levando em conta as necessidades pontuais da máquina pública. Pelo menos é isso o que se supõe, diante da frequência com que são realizadas.
E O PLANO?
Mais um ano se vai e o Plano de Cargos e Salários dos servidores municipais não sai da gaveta. Essa conversa vem desde 2001, quando a gestão Jair Oliveira contratou a Fundação Getúlio Vargas para elaborar o que seria o primeiro. Passaram-se 16 anos e o funcionalismo não sabe a quem apelar. Em 2012, quando de saída da Prefeitura, Aiacyda, que voltou ao cargo este ano, sancionou um plano que, dias depois, foi revogado pelo seu sucessor, Márcio Pampuri, sob a alegação de que provocaria caos financeiro na administração. Daquele dia em diante só conversa mole. E o Sindicato da categoria? Também não fala nada.
DIFICULDADES
Numa pequena e não menos barulhenta aldeia, os funcionários reclamam das dificuldades em conseguir suas licenças-prêmio. Isso vem de longe, mas parece ter recrudescido este ano. Fala-se até em cobrança de pedágio para que o objetivo seja alcançado. É inacreditável o que acontece na aldeia. Se alguém resolver contar o que vê e sabe, vai ser chamado de mentiroso.
TREZENTOS
Não se trata do filme que fez sucesso mundial e que teve como protagonista o ator brasileiro Rodrigo Santoro. Não! A citação é sobre o número de dias que o prefeito está à frente da administração municipal. E nada há de glorioso ou elogiável em todo o período. Ao contrário, não avançamos um milímetro nos muitos quilômetros que andamos para trás.
VERBAS (I)
Em apenas uma semana Bragança Paulista conseguiu a liberação de R$ 3 milhões para obras de pavimentação. Fruto do trabalho de deputados que receberam boa votação em 2014 naquela cidade, que retribuem com trabalho.
VERBAS (II)
Os deputados que levaram milhares de votos em Mairiporã, naquele mesmo ano, ninguém sabe, ninguém viu. Quem poderia responder por pelo menos dois deles é o prefeito Aiacyda, que os ajudou a levar quase 5 mil votos cada um. Ao contrário da vizinha cidade, os bem votados aqui deram uma banana como paga. Se liberaram recursos, mesmo aqueles que parecem esmolas, o prefeito deveria divulgar. Se não o fez…
TENDÊNCIA
Mais um jornal impresso deixará de circular a partir do dia 30 de novembro. É o Diário Oficial da União (DOU), um dos mais antigos do País, fundado em 1862. A partir de 1º de dezembro os acessos só poderão ser feitos através da internet. Enquanto isso, em Mairiporã, o prefeito retomou as edições impressas e tira dos cofres públicos uma fortuna para bancar a edição em papel da Imprensa Oficial, que encalha em balcões de botequins diante da falta de interesse da população.
FOLCLORE
Lugares – Esta foi contada por Sebastião Nery, o rei do folclore político. Como governador, José Maria Marin (hoje preso nos EUA por corrupção no futebol) foi encerrar o Festival de Inverno de Campos do Jordão. Anfiteatro lotado. Do palco, alguém avisava que era proibido guardar lugares: “Não pode haver reservas!”- dizia o apresentador da noite, com microfone em punho. Naquele exato momento, entra Marin com toda sua comitiva. Lá na frente, devidamente reservadas, guardadas, duas filas de cadeiras. A vaia explodiu, unânime.