Coluna do Correio 1/7/2017

FRASE
“Políticos no Brasil não são eleitos pelas pessoas que leem jornais, mas pelas quais se limpam com ele.” (Fernando Alvez Von Noble, publicitário brasileiro)

VIOLÊNCIA (I)
A violência em Mairiporã chegou a índices de cidade grande. Uma pessoa é roubada por dia e 12 veículos são levados todos os meses. São números da própria Secretaria da Segurança do Estado. A isso, somem-se os furtos, o que faz com que o cidadão se sinta acuado e sem ter a quem recorrer.

VIOLÊNCIA (II)
Segurança é assunto do Estado. Mas Mairiporã é assunto do prefeito. Então, Aiacyda precisa se mexer, tirar a bunda da cadeira e defender os interesses da cidade. A população não pode ficar à mercê da bandidagem, como está. Mas o povo também precisa fazer a sua parte e cobrar o prefeito e não se contentar com a condição de vítima a que foi submetida, nem com o discurso pronto do alcaide.
VIOLÊNCIA (III)
As polícias Civil e Militar precisam de maior e melhor infraestrutura para desenvolver a contento o trabalho. É preponderante aumentar os efetivos das duas polícias, ampliar o número de viaturas e fornecer armamentos mais modernos, além de instalações apropriadas. Ah, e também melhorar os salários.
VIOLÊNCIA (IV)
A crescente criminalidade em Mairiporã não vem de agora. Foi no segundo mandato do atual prefeito, 2009/2012, que se registraram números estratosféricos de ocorrências. Onde estão os deputados que Aiacyda ajudou a eleger? Chame pelo menos um deles para ir até o governador e cobrar mais segurança. Mas cobrar de verdade e não ficar ‘babando ovo’ diante de Alckmin. O prefeito tem que entender que a busca por soluções para os problemas dos mairiporanenses vão muito além do túnel.
TRANSPARÊNCIA (I)
Que os vereadores estão submetidos às vontades e decisões do prefeito, não é novidade. Até porque eles têm cabos eleitorais nomeados no Paço, pagos com dinheiro público. Mas impedir que a Câmara receba documentos sobre os gastos efetuados pelo Executivo, como os solicitados pelo vereador Wilson Sorriso, ao recusar requerimento nesse sentido, é uma afronta à população e nos leva a questionar se a função principal do vereador, de fiscalizar o prefeito, acabou, deixou de existir.
TRANSPARÊNCIA (II)
A recusa permite ao contribuinte pensar o que bem entender da situação, como por exemplo, se existe lisura nos gastos, se há algo a esconder, se há mal feitos praticados com o dinheiro público. Com a palavra, o prefeito e os vereadores.
DESCRÉDITO
A atitude dos vereadores, nesse caso em particular, contribui cada vez mais para o descrédito junto à sociedade. A cada eleição o nível político, intelectual e social da Câmara decai mais e mais. Se o desempenho visto até aqui se mantiver, em que imperam o compadrio e os conchavos, melhor fechar o Legislativo e entregar a chave ao prefeito. O papel precípuo do parlamentar é fiscalizar o Executivo e não se associar a ele como temos visto. Mais um pouco e a população vai perguntar: Para que precisamos de vereador?
CONCEITO
Gaiato, nosso mentor espiritual, ao se deparar com o que vem acontecendo na política local, se lembrou de uma história contada pelo jornalista Sebastião Nery, acerca da visita do presidente Getúlio Vargas à cidade de Campos, no Rio de Janeiro, nos anos 1930. Segundo conta, o chefe político de Macaé, presente na visita do político ilustre, foi instado a responder ao presidente o que ele achava de seu governo, e disse matreiramente: “O caçador é bom, Dr. Getúlio. A cachorrada é que não presta”. Por aqui parece que nem o caçador e nem a cachorrada gozam de bom conceito.
CONTAS
As contas do ex-presidente da Câmara, Marcinho da Serra, foram rejeitadas pelo Tribunal de Contas do Estado por desobediência a alertas e recomendações feitas pelo órgão desde 2007, que aponta mal feitos com o dinheiro público. A decisão o torna inelegível, o terceiro dos últimos quatro vereadores que presidiram a Câmara.
VEXAME
Como diria Lula, ‘nunca antes nesta cidade’ se viu um vexame tão grande em relação ao chamamento daqueles que passaram no concurso da Prefeitura. Ninguém aceita assumir o posto para o qual disputou e as convocações semanais beiram a incredulidade. E tem razão de ser, pois os servidores de carreira recebem salários indignos e são os que trabalham, e ainda se veem obrigados a conviver com comissionados que não fazem nada e recebem muito.
PRESTÍGIO?
Que diabos de prestígio Aiacyda diz ter com seu ‘amigo do peito’ Geraldo Alckmin? O governador libera recursos para quase todos os municípios paulistas, menos Mairiporã. Há caroço nesse angu! Ou o governador não dá importância ao prefeito ou ele não é considerado ‘tão amigo’ assim. Seria oportuno lembrar a Alckmin, que mesmo com um colégio eleitoral pequeno, ele levou 66% dos votos válidos da cidade. Portanto, liberar recursos não é nenhum favor. Gaiato, nosso intrépido guru, não se conteve e perguntou: “Amigo do peito ou da onça?”
‘SIMPLISMENTE’
Recordando velhos tempos, o líder dos tucanos na Câmara, Ricardo Vieira, fez um daqueles discursos sonolentos, longos e sem nenhum resultado prático. Durante todo o tempo em que falou, repetiu 1.780 vezes a palavra SIMPLESMENTE, na verdade um advérbio de modo derivado do adjetivo SIMPLES. Os que sofrem de insônia vibraram com o discurso.
ELEIÇÕES (I)
Com ou sem distritão, ou coisa que o valha, a região parece disposta a lançar uma ‘baciada’ de candidatos a deputado. Todos sabem que as chances de vitória são reduzidas, justamente por não existir um trabalho conjunto para que a região possa ter um representante na Assembleia e outro em Brasília. Assim como acontece com Bragança e Atibaia.
ELEIÇÕES (II)
Mairiporã terá entre três e cinco candidatos. E agora vem a notícia de que em Franco da Rocha, além do pai do atual prefeito e que também foi prefeito, Mário Maurici de Lima Morais, pelo PT, uma dobradinha foi formada com o deputado Celino Cardoso e o também ex-prefeito Márcio Cecchettini, ambos do PSDB. A composição tem apoio do ex-secretário de Governo de Mairiporã, Marcelo Nega.