2/3 das vítimas de estupro na cidade são de vulneráveis

O NÚMERO de estupros de vulneráveis – pessoas menores de 14 anos, deficientes ou sem condições de se defender – em Mairiporã chegou a 26 registros em 2018, 72% das 34 ocorrências registradas. Os dados foram divulgados pela SSP (Secretaria de Segurança Pública). Na comparação com os crimes de 2017, houve aumento de 150% nos estupros de vulneráveis (passaram de 11 para 26) e 126% no total de estupros (de 15 para 34). A proporção também aumentou. Em 2017, as vítimas vulneráveis representavam 80%.
Especialistas alertam que esse tipo de crime tem elevado índice de subnotificação, uma vez que, normalmente, os agressores são familiares ou pessoas próximas, e por isso é importante dar crédito às denúncias das vítimas.
Segundo a Polícia Civil, a grande proporção de vulneráveis entre as vítimas de estupro está associada ao fato de que, na maioria das vezes, os agressores são pessoas próximas e/ou da família e essa proximidade nem sempre faz com que haja um cuidado ou vigilância mais acentuada.
A média, segundo entidades que lutam para conter maus tratos na infância, é de um caso de violência sexual contra crianças e adolescentes notificado, para outros nove que não são de conhecimento da rede de atendimento.
Uma das formas de prevenção é levar ao conhecimento de toda a sociedade os direitos das crianças e dos adolescentes, os canais de denúncia e a importância de fazê-lo em casos de suspeita. E o mais importante é que sempre se deve acreditar na criança ou no adolescente quando relatam situação de abuso, não pressupondo que é mentira ou fantasia.