NÃO chove na Grande São Paulo há 101 dias. O índice de chuva deste mês no Sistema Cantareira, formado por seis represas, está 40 vezes menor que a média histórica para o mês de julho. Os dados constam no site da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). A pluviometria acumulada em 28 dias é de 1,2 mm, o que fez com que o volume útil armazenado ficasse abaixo de 400 milhões de m³ (396,3 milhões de m³), dados de ontem, 26, que registrava 40,4% de sua capacidade total, menor que no mesmo período em 2017, quando operava com 63,9%.
A quantidade de chuvas é bem menor do que a média prevista para o mês de julho, que é de 48,7 mm. Em julho choveu apenas 1,2 mm, volume menor que no período de crise hídrica, entre os anos de 2014 e 2015. Em 2014 foram 16,7 mm e, em 2015, 29,4 mm de chuvas acumuladas nos 28 primeiros dias de julho.
A queda acentuada nesses índices traz de volta o temor de desabastecimento, como já aconteceu em anos anteriores, o que exigiu medidas drásticas da parte do governo estadual, que promoveu cortes na distribuição de água e realizou intensas campanhas para conscientizar os consumidores a evitarem gastos desnecessários, sob risco de ter de se implantar o racionamento na região norte da Grande São Paulo, onde se situa Mairiporã.