Volume de água do Cantareira está 77,8% menor que em maio do ano passado

A estiagem que predomina nos meses de outono reduziu o volume de água armazenado no Sistema Cantareira em maio deste ano, na comparação com o mesmo período do ano passado. Em 2024, nos primeiros vinte dias de maio, a capacidade armazenada nos reservatórios que formam o sistema era de 70,4% (691 milhões de metros cúbicos), enquanto neste mês em curso, esse volume caiu para 54,8% (538 milhões de metros cúbicos), uma queda de 77%.
A pluviometria (quantidade de chuva sobre o sistema), no entanto, está melhor este ano: 28,4 milímetros, ante apenas 0,6 milímetros no ano passado. Nos dois períodos, a média histórica de chuva esperada é de 73,8 milímetros.
O resultado dos cinco primeiros meses de 2025 está abaixo dos 60% que a Sabesp considera como nível normal, porém um resultado que não gera preocupação no abastecimento neste momento. O Sistema Cantareira atende 7,5 milhões de pessoas na Região Metropolitana de São Paulo e algumas cidades do Interior do Estado.
Desde o ano passado que o Cantareira tem mantido o nível de armazenamento abaixo de sua capacidade máxima (volume útil, sem considerar a reserva técnica) de 982 milhões de litros.
Níveis – A captação de água do Sistema Cantareira é condicionada ao nível de armazenamento de água do manancial observada no último dia de cada mês. Foram criadas cinco faixas, definidas por uma resolução conjunta da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) e o Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE), em 2017, e que devem ser seguidas pela Sabesp: normal, quando o nível do reservatório é igual ou maior que 60%; atenção, quando é igual ou maior que 40% e menor que 60%; alerta, quando está maior que 30% e menor que 40%; restrição, quando é maior que 20% e menor que 30%; e especial, quando o volume acumulado é menor que 20%. Essas faixas orientam os limites de retirada de água do sistema. (Wagner Azevedo)