A EXPECTATIVA de que a nova composição legislativa fosse ‘aposentar’ alguns métodos de trabalho, se viu frustrada pelo menos nas duas primeiras sessões ordinárias do ano.
Os vereadores já apresentaram 69 indicações, cujos temas são os mesmos há pelo menos quatro legislaturas, ou seja, há quase 20 anos. Versam, invariavelmente, sobre poda de árvore, capina e limpeza de mato, construção de calçada, captação de águas pluviais, instalação de caçamba de lixo, extensão de rede de água (que nem é responsabilidade da Prefeitura), desobstrução de bocas de lobo e o pedido campeão dentre todas as indicações: “patrolar e cascalhar vias”.
Fazer mais – Os vereadores, além de fiscalizar o Executivo, tem um leque de opções para tornar seus mandatos mais produtivos, com demandas que realmente interessam à população.
O comodismo em apresentar indicações (raras são atendidas, daí a repetição interminável nas suas formulações) e mais recentemente moções de apelo, precisam dar espaço a projetos e requerimentos que informem à população sobre temas relevantes, levar a plenário discussões que contribuam para o desenvolvimento da cidade e auxiliem o Executivo a implantá-las.
Os novos eleitos começaram mal a vida parlamentar e repetem erros cometidos por outros neófitos, que a população não deu um segundo mandato nas eleições de novembro do ano passado. Hora de rever como pretendem conduzir a forma de legislar.