Uma jornada em busca do foco, da autorreflexão e da reprogramação

Há mais de 30 anos, carrego comigo a paixão pela fotografia. A busca incessante pelo foco perfeito, pela nitidez que captura a alma de um momento, sempre foi a minha obsessão. Através da lente, explorei o mundo e explorei a mim mesmo. Mergulhei na arte de enquadrar, de revelar a beleza escondida no ordinário.

Mas, recentemente, fui confrontado por um questionamento que jamais havia me feito: e se o meu foco, tão preciso e rígido, me impediu de ver outras lentes, outras perspectivas?

A oportunidade de participar como sócio em um evento me colocou diante de um dilema. A escolha dos músicos, por se tratar de uma festa junina, foi feita pelos três sócios em conjunto. No entanto, não tive a oportunidade de avaliar as opções com propriedade no momento em que me foram apresentadas.

Essa experiência me fez questionar a real vantagem de ter sido tão focado em toda a minha vida. Limitado ao rock e à MPB, será que meu olhar crítico não me privou de conhecer e viver outras experiências com mais simplicidade e abertura?

Mas a reflexão não se limitou ao âmbito profissional. Percebi que as escolhas que fazemos em todos os aspectos da vida, desde relacionamentos familiares e amizades até decisões banais do dia a dia, são moldadas por uma programação mental inconsciente. Essa programação, formada por crenças, traumas e experiências passadas, muitas vezes nos limita e nos impede de alcançar nosso pleno potencial.

Decidi, então, desvendar essa programação e me libertar das amarras que me prendiam ao passado. Estou me abrindo para o novo, me permitindo vivenciar experiências diversas e expandir minha capacidade de aprendizado.

Acredito que essa jornada de autoconhecimento é fundamental para todos nós. Ao entendermos como a nossa mente funciona, podemos tomar decisões mais conscientes e construir uma vida mais plena e autêntica.

E você? Já se perguntou se a sua programação mental te limita de alguma forma? Convido você a fazer essa análise profunda. Permita-se adquirir novos conhecimentos, pois o conhecimento é a base de todo o desenvolvimento. É injusto limitarmos o que aprendemos nos baseando naquilo que já sabemos.

Explore novos universos através da leitura de livros de diferentes gêneros, peça indicações de filmes e músicas que fogem do seu repertório habitual. Experimente novas atividades, converse com pessoas de realidades distintas. Permita-se viver experiências mais ricas e abra sua mente para um mundo de possibilidades.

Lembre-se: somos seres em constante evolução. Ao nos abrirmos para o novo e buscarmos conhecimento, podemos alcançar patamares jamais imaginados.

Na próxima coluna, compartilharei mais detalhes sobre as minhas descobertas nessa jornada de reprogramação mental. Aguardem!

Juntos, vamos explorar o “porão da ignorância”, desvendar tudo que a vida tem a nos oferecer e construir um futuro mais promissor.

 

Fernando Rodrigues, fotógrafo , professor e empresário – @fernandoluzfotografia