Sobre os temperamentos

Aprendi adolescente sobre os temperamentos dentro da minha formação religiosa, mas com as tecnologias e a internet este assunto parece mais recorrente do que nunca através dos vídeos, principalmente os cortes, na maioria vindos de gente que não entende nada, mas presta autoajuda virtual para ganhar seguidores e visualizações.

Acho saudável democratizar estudos sérios escondidos em livros que as pessoas têm preguiça de ler e colocar os trechos bem lidos com músicas e vozes de forma que chegue mais longe. No momento, há uma grande redescoberta destes princípios que começaram a ser desenvolvidos na antiga Grécia, onde houve quem elencou não apenas quatro, mas até mesmo oito temperamentos.

Oito já seria demais para minha cabeça caro leitor, mas você como eu, acredito que goste de tentar entender a si mesmo a aos seus, de forma que queira encontrar uma certa lógica nos comportamentos.

Atrevo-me a uma visão filosófica sobre colérico, sanguíneo, fleumático e melancólico, elencados desde os antigos sábios gregos.

É preciso recordar que é imperioso coordenar tudo que é físico. Até mesmo Hipócrates, o pai da medicina, dizia que era preciso conhecer os temperamentos para buscar a cura. Galeno, sábio grego e também ligado a medicina, trabalhou bastante a ideia ligada a esses estudos de tendências comportamentais.

Aristóteles, séculos antes Cristo, tinha essa sabedoria. Enfim, falo de algo que está longe de ser contemporâneo, mas que ganha uma nova roupagem nestes dias atuais.

Essa compreensão oriunda então dos primórdios do pensamento, leva em conta a existência dos quatro elementos básicos: fogo, ar, terra e água. Eu, com certeza tenho predominância sanguínea, representada pelo ar ou pelo vento. Tenho esse jeito impetuoso, tendo como característica bastante marcante para quem me conhece, os sentimentos aflorados e uma grande sensibilidade para tudo que acontece.

Minha mãe dizia que quando algo ruim acontecida eu ficava sentido. Ficar sentido, eu logo descobri, era aquela dorzinha por algum acontecido doloroso, até mesmo a palavra maldita da boca de alguém me consumiam muito.

O lado bom era captar coisas boas ao redor, atraindo pelo jeito expansivo de se comunicar. Sempre tive facilidade com oratória, mesmo sempre tímido para falar com uma única pessoa, mas quando se trata de olhar ao redor e falar para muitos, sempre tive essa capacidade de atração.

Ainda bem, a galera gosta de estar próxima a mim. Venci minha timidez sendo bastante cara de pau e continuo assim, para falar e para escrever. Ainda bem, o que me proporciona partilhar aqui toda semana um pouco de tudo isso.

 

Luís Alberto de Moraes – @luis.alb – Autor do livro “Costurando o Tempo – dos Caminhos que Passei”