Enquanto dezenas de cidades optam por modernizar seu sistema rotativo de estacionamento de veículos pago, Mairiporã mergulha no mais absoluto atraso. Em centenas de municípios a chamada ‘zona azul’ além de terceirizada, como forma de reduzir a ingerência das prefeituras nesse tipo de serviço e dar atenção maior a outros segmentos do governo, adotou as mais modernas tecnologias disponíveis.
Além da falta de vagas para estacionamento na região central, onde se concentram o comércio, escolas, clínicas médicas, agências bancárias e outros tipos de atividades que atraem um número muito grande de pessoas, a desorganização parece ser a marca do prefeito Antônio Aiacyda. E não é de agora não! Em suas duas outras passagens como prefeito isso também se materializou.
A exigência de um cartão de zona azul para estacionar é de um atraso absurdo. Mais que isso, é ridículo. As novas tecnologias empregadas para gerir o setor parecem distantes da cidade. Ou da cabeça de quem governa e administra. Falta sacudir a mobilidade urbana, dar passos à frente e acabar não só com cartão, mas como frisei acima, terceirizar o sistema.
A vítima disso tudo é o cidadão, que se desloca para a região central com seu veículo e enfrenta problemas de toda natureza.
A zona azul na cidade, como está, é um convite aos maus motoristas, que estacionam seus veículos pela manhã e só os retiram quando já se faz noite, e também um incentivo à já poderosa ‘indústria da multa’. O modelo já deveria ter sido extinto. Até porque o princípio de estacionamento rotativo deixou de existir.
E até cito que este jornal, ao longo dos últimos anos, tem cobrado a modernização e a eficiência na oferta do sistema. Também é preciso estudar como criar mais vagas e bolsões.
Para acompanhar o crescimento da cidade é preciso planejamento. E a frota de Mairiporã cresce de forma absurda. Os dados são do Denatran (Departamento Nacional de Trânsito). O futuro certamente caminhará na direção de estacionamentos subterrâneos ou de edifícios que possam amenizar o problema que só faz aumentar.
Pensar medidas alternativas, desde já, é tarefa que se impõe ao prefeito e aos responsáveis pelo trânsito. Ou a opção é esperar e ver o que acontece lá na frente?