A resposta do governador Rodrigo Garcia, sobre mandar bala na bandidagem, durante entrevista esta semana, logo reacendeu o debate de como devem agir os policiais. Pendenga antiga essa, mas parte da imprensa, afeita aos ‘direitos humanos dos bandidos’, criticou a postura de Garcia.
Bom ter em mente que não existem fronteiras nem barreiras para o mal. Assaltos estão por aí a comprovar a vulnerabilidade do cidadão e das empresas, todos à mercê da violência que reina em cidades e estados, ou seja, em todo o País.
Na outra ponta, as pessoas cada vez mais buscam na segurança eletrônica (que não impede os malfeitores) uma forma de se proteger. A segurança pública deixou de ser privilégio do Estado. O que há é a busca, pelo cidadão, de alternativas para suprir a carência de quem é pago para nos proteger.
Mesmo com a sofisticação dos aparelhos eletrônicos é nosso dever considerar indispensável a presença do Estado através das suas polícias.
Em Mairiporã, em que pese a melhora na produtividade policial, conforme reportagem deste jornal, a criminalidade ainda é alta: assaltos, roubos, vandalismo e furtos. A par disso tudo, as polícias Civil e Militar precisam de maior efetivo, de mais equipamentos e receber salários condizentes.
As autoridades governamentais não devem apenas admitir a eficiência dos sistemas de segurança eletrônica e até modernizar a vigilância nas cidades com a aquisição de aparelhos para os Centros de Controle, Operação e Monitoramento.
Para a população, a segurança pública tornou-se uma das principais demandas, colocada no mesmo patamar de importância com Educação e Saúde.
A Prefeitura, de sua parte, melhorou e ampliou o contingente da Guarda Civil Municipal (GCM), um importante braço para a segurança no município. Ou seja, fez a parte que lhe cabia no quesito segurança pública, como também criou a atividade delegada.
Agora é o Estado quem deve dar respostas às demandas da população. Porém, é necessário agilidade nas ações.
Ozório Mendes é advogado militante na Comarca, foi vereador e presidente da Câmara na gestão 1983/1988
