A SABESP propôs uma nova mecânica para a renovação da outorga do Cantareira em que a água não utilizada será poupada e pode ser usada futuramente pela região que a economizou, na mesma proporção. Para que isso seja feito, a água que entra no sistema será dividida e contabilizado o gasto de cada região (Grande São Paulo ou região de Campinas/PCJ), calculando-se periodicamente o saldo descontado do volume utilizado. Dessa forma, o repasse de descarga do Cantareira para a área do PCJ só é feito quando necessário e na quantidade precisa, e não de forma contínua e sem conformidade com o que está sendo usado.
A proposta foi apresentada esta semana em duas reuniões realizadas em São Paulo e Campinas pela Agência Nacional de Águas (ANA) e o Departamento de Águas e Energia Elétrica do Estado de São Paulo (DAEE). Nas reuniões técnicas públicas foram debatidas as propostas para a renovação da outorga do Sistema Cantareira, responsável pelo abastecimento da Grande São Paulo e parte da região de Campinas. A decisão final da nova outorga sai em março de 2017 e será publicada em maio do mesmo ano.
Poupança – A nova mecânica proposta sugerida pela Sabesp incentiva a economia de água mesmo nos períodos de cheia, garantindo maiores reservas no futuro para quem poupar mais. Não permite desperdiçar água que passa direto pelos rios nos locais onde há captação a fio d’água. Significa também a divisão da água que entra no sistema e não apenas da água imediatamente disponível.
A proposta é compatível com a eventual adoção de “regra emergencial”, a ser adotada quando o Sistema Equivalente (que considera apenas os reservatórios Jaguari/Jacareí, Cachoeira e Atibainha, sem a Paiva Castro) estiver em níveis críticos. Nesse caso, as retiradas de água para atender as duas populações serão decididas pelos órgãos gestores de recursos hídricos.
Fonte: Sabesp