Rohrer brilha na capital 

Não por acaso, no centro da cidade há uma rua com nome de Coronel. Em nossa história é estreita a relação com personagens importantes e que obtiveram essa patente militar de oficial superior e que é a mais alta antes dos generais. Diz a lenda que, inclusive, teriam sido com os coronéis a desavença que levou a expulsão do Padre Genésio e o início da tal “praga do Padre”, depois que o sacerdote forçado a ir embora daqui e teria batido com os pés contra o chão e dito: “desta terra não levarei nem o pó”.
Mas isso fica por conta do folclore popular, pois os tempos são outros, embora os coronéis continuem por aqui. Um deles é muito querido e quero parabenizá-lo.
Francisco Wanderlei Rohrer, ou apenas “Coronel Rohrer” como carinhosamente o tratamos, na última semana teve seu trabalho como artista plástico exposto no espaço IV Centenário da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo.
A exposição de arte denominada “Memória, Alegria e Cor” faz jus ao grande talento de alguém com formação acadêmica que passa por áreas como Antropologia, Ciências Sociais e Policiais, Psicologia, Segurança; além do Direito e outros conhecimentos que reunidos, o fizeram dentre outros feitos, comandar até mesmo o pelotão de ROTA na capital.
No entanto, essa vitória pessoal de poder ver o seu talento sendo mostrado na “Alesp”, passa muito por outros aspectos, que sem dúvida são os seus mais admiráveis atributos. Rohrer é calmo, amável e educadíssimo. Um verdadeiro gentleman, como tem sido difícil de encontrar em uma sociedade de tanta pressa e vaidades.
O bigode branco da cor do pouco cabelo e o sorriso, são uma marca de alguém que mantém a boa forma e a mente sã, servindo de exemplo para os que estão à sua volta e que se inspiram em sua jovialidade, disposição e palavras positivas e de ânimo. A mensagem que recebi do Coronel na última sexta-feira dizia o seguinte: “O poeta persa Rûmî, ensinou em 1273, que se deve colher todos os frutos e alegrias da vida. Não se pode deixar escapar o que gera felicidade.”
Um orgulho para Mairiporã, quando um de seus filhos se destaca. Somos todos filhos desta terra, que amamos e onde buscamos o nosso sustento. Todos nós que aqui nascemos ou que aqui chegamos somos seus filhos. Me lembrei com saudade do Professor Sidney Amaral, outro grande artista, que nos deixou precocemente em 2017.
Nesta semana, Rohrer Francisco nos deixou felizes por ele, por sua obra e pelo orgulho que sentimos ao vê-lo diante de notável realização. Que outros possam ser razão de orgulho e levem o nome desta cidade, seja nos quartéis, nos consultórios, plenários, tribunais, atrás dos balcões, diante de quadros negros e até mesmo nas telas dos smartphones, trazendo para a realidade dos dias atuais.
Seja como for, Rohrer está de parabéns. Receba o carinho deste humilde colunista e o carinho também dos leitores do Correio Juquery, com o desejo de longevidade regada a Saúde, Alegria e Paz!
Luís Alberto de Moraes – @luis.alb – Autor do livro “Costurando o Tempo – dos Caminhos que Passei”